Judiciário

Ex-chefe da Casa Militar envolvido em esquema de grampos pede novo interrogatório

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Ex-chefe da Casa Militar envolvido em esquema de grampos pede novo interrogatório
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

O coronel da Polícia Militar Evandro Alexandre Ferraz Lesco, ex-chefe da Casa Militar no governo Taques, pediu para ser reinterrogado sobre o esquema de escutas ilegais, que ficou nacionalmente conhecido como “grampolândia pantaneira”. O pedido foi protocolado na tarde desta terça-feira (12), na 11ª Vara Criminal de Cuiabá, especializada na Justiça Militar.

Do alto escalão do governo quando o esquema foi descoberto, Lesco prestou depoimento à Justiça em julho do ano passado, quando, ao ser ouvido pela Justiça, negou as acusações contra ele. Disse que as atividades do setor de inteligência – que tocava o sistema de escutas – não eram de sua competência, e garantiu desconhecer o canal “Sentinela”. O programa gravava escutas telefônicas.

O pedido para novo interrogatório do militar, que atualmente encontra-se afastado das funções na Polícia Militar, vem uma semana antes do julgamento do caso, marcado para os dias 20, 21 e 22 de março. A expectativa é de que, caso o pedido seja autorizado pela Justiça, novas revelações sejam feitas, de modo a comprometer outras pessoas que sequer estariam envolvidas no processo.

Em seu depoimento anterior, Lesco afirmou ter 23 anos dedicados à PM e 26 anos de serviço público, e pediu que sejam considerados, em seu julgamento, os atos de disciplina. Garantiu que agiu dentro da legalidade e que sempre acreditou na instituição. Ao final, frisou que não teve envolvimento em atos ilícitos.

Na ação, além de Lesco, serão julgados os coronéis PM Zaqueu Barbosa (ex-comandante-geral da Polícia Militar), e Ronelson Jorge de Barros, o tenente-coronel Januário Antônio Edwiges Batista e o cabo Gerson Luiz Ferreira Correa Junior. Este último é tido como peça-chave do caso, acusado de ser o executor das escutas ilegais.

Confira o que disseram os envolvidos em seus depoimentos:

Cabo Gerson responsabiliza Paulo e Pedro Taques por esquema de escutas

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