Selma Arruda (PSL) ainda pode recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas os ex-candidatos ao Senado, que disputaram com ela a vaga preenchida em outubro, já se movimentam para concorrer novamente. Carlos Fávaro (PSD), Adilton Sachetti (PRB) e a professora Maria Lúcia Cavali Neder (PCdoB) são os que estão mais inclinados a uma candidatura.
O mais enfático em dizer que pretende concorrer ao cargo é Adilton Sachetti. Ao LIVRE, ele afirmou que tem “todo interesse na disputada e que é candidato” à vaga que será aberta, caso seja confirmada a sentença proferida pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), à unanimidade, na última quarta-feira (10).
Outro que também ensaia a candidatura é o ex-vice-governador Carlos Fávaro, que ficou em terceiro lugar na disputa e foi um dos autores da ação que cassou o mandato de Selma. A defesa de Fávaro, inclusive, defendeu que ele assumisse provisoriamente a vaga, até a realização da nova eleição, o que foi negado pela Justiça Eleitoral. Na tarde de quinta-feira (11), pessedista comentou o assunto com imprensa.
Já a professora Maria Lucia deve ser a representante mais à esquerda no pleito. No entanto, ela diz que ainda aguarda a resolução do caso de Selma para debater, interna e externamente, com seu partido a possibilidade de disputar outra vez. Em 2018, ela obteve mais de 172 mil votos e ficou na sexta colocação.
Na mesma situação está Waldir Caldas (Novo), que recebeu pouco mais de 71 mil votos. Seu partido ainda vai analisar a possibilidade de relançar a candidatura. Conforme o presidente estadual da legenda, Anderson Iglesias, a legenda precisa buscar “recursos humanos e financeiros” para a empreitada.
Fora da disputa em 2018, o PDT agora ensaia lançar Rodrigo Rodrigues. Ele foi secretário nacional de Saúde Indígena no governo de Michel Temer (MDB).
Candidato de Bolsonaro
Caso Selma tenha o recurso rejeitado e cassação confirmada pelo TSE, o deputado federal Nelson Barbudo é o nome mais cotado dentro do PSL para assumir a candidatura. Logo após o julgamento no TRE, Barbudo, que é o presidente estadual do partido, divulgou nota de apoio à senadora. No texto, disse que a sigla vai ajudar Selma nas instâncias superiores.
Deputado federal por Mato Grosso mais votado em 2018 – foram mais de 126 mil votos -, Barbudo já era cotado como possível substituto de Selma ainda na época da campanha, quando a candidatura dela foi impugnada.
PSDB dividido
Enquanto isso, no PSDB, a “briga” é entre o ex-governador Pedro Taques e o ex-deputado federal Nilson Leitão. Taques que já foi senador é incentivado a entrar na disputa, embora afirme estar focado em sua vida particular e que não vai debater herança de pessoa viva.
Já Nilson Leitão ressaltou que ainda há muita coisa para acontecer e que, por enquanto, está na “arquibancada”. “Se depender das minhas orações, ela vai continuar senadora”, afirmou o tucano ao LIVRE.