Política

Empresa diz que Marechal Rondon estará pronto para voos internacionais em dezembro

Três anos após assinar contrato de concessão, COA deu nova data, mas sem garantir início imediato de viagens a outros países

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Empresa diz que Marechal Rondon estará pronto para voos internacionais em dezembro
(Foto: Suellen Pessetto/ O Livre)

A administradora Centro-Oeste Airport (COA) divulgou hoje (27) que a estrutura do aeroporto Marechal Rondon deve ficar pronta até dezembro para operar escalas internacionais. 

Mas, não significa que o terminal passará a operar voos para outros países de imediato. A mudança de status ainda dependerá da parte burocrática dos órgãos fiscalizadores para receber a autorização. 

“A internacionalização não é uma coisa única que só dependa da administradora. Até dezembro, o Marechal Rondon vai estar com sua infraestrutura pronta para acomodar voos internacionais. Mas, haverá outros processos para começar a operar esses voos”, disse o diretor da COA, Marco Migliorini. 

A empresa abriu pela manhã os locais de obra no aeroporto Marechal Rondon para visita de políticos, dentre o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, César Miranda. 

A estrutura padrão para a operação de voos de Mato Grosso para outros países necessita, por exemplo, de espaços para postos da Polícia Federal e da Receita Federal, além do Ministério da Agricultura (Mapa) e da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). 

Eles já estão previstos no contrato de concessão assinados pela COA em 2020. Mas, até agora, não saíram do papel. O diretor Marco Migliorni diz que o atraso ocorreu por causa de queda e paralisação dos voos três anos atrás, nos meses mais graves do contágio pelo novo coronarívus.   

Cronograma atrasado 

Hoje, Migliorini ouviu críticas dos políticos que acompanharam a vistoria das obras. O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Eduardo Botelho (União Brasil), disse que o prazo para replanejar o cronograma foi estendido por oito meses, mesmo assim os serviços voltaram a atrasar. 

Marco Migliorini, diretor da COA em Mato Grosso (Foto: Gilberto Leite)

Botelho comparou a situação do terminal às obras paralisadas cuja concessão foi entregue à empresa Odebrecht. O exemplo usado por ele foi a duplicação de pista na BR-163. A Concessionária Rota do Oeste passou a administrar a pista, com cobrança de pedágio, em 2014, mas não executou os serviços contratados.  

“Antigamente, quando se falava em privatização, a gente pensava: opa, vai vir alguma coisa boa. Mas desde a situação da BR-163, as privatizações ficaram desacreditadas, precisamos recuperar isso. A internacionalização do Marechal Rondon já faz tempo que está prometida. Vamos ser internacionais mesmo ou vamos ficar só no nome”, criticou. 

Demanda represada 

O secretário César Miranda (Desenvolvimento Econômico) diz que existe a possibilidade de que o terminal passe a operar voos internacionais antes do fim do ano. As rotas ficariam disponíveis inicialmente somente para viagens de negócios ou para passageiros das classes econômicas A ou B (classe executiva). 

“Eles estariam liberando passageiros que estariam desembarcando ou embarcando em voos privados. Só que não na condição que desejam, teria que acelerar o processo [para o status de internacional]”, disse. 

O diretor Marco Migliorini diz que Mato Grosso tem demanda por voos para outros países. O segmento já teria sido sondado por companhias aéreas que desejam operar essas viagens, mas os dados são privados. 

Conforme a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), o movimento no Marechal Rondon aumentou na casa dos 13% em janeiro deste ano na comparação com o início de 2022. 

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