A Secretaria Municipal de Saúde informou que a Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica monitora dois casos suspeitos da Monkeypox, ou seja, a varíola dos macacos, em Cuiabá. Os pacientes monitorados estão isolados em casa.
Conforme a nota divulgada pela Pasta, nesta quinta-feira (28), os homens têm 29 e 34 anos de idade e realizaram viagens para a região Sudeste do país, no prazo de 21 dias antes do início dos sintomas.
Os pacientes apresentam lesões características da doença, mas sem complexidade, de acordo com a secretaria. As amostras para exames já foram encaminhadas ao Laboratório Central do Estado (Lacen).
A Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou que o material será encaminhado para o laboratório da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), unidade de referência nacional para análise do material. A estimativa é que os resultados saiam em 10 dias.
O monitoramento iniciou em 26 e 27 de julho, e os pacientes devem permanecer em isolamento até que as lesões desapareçam completamente, em um prazo estimado de duas a três semanas. Os demais familiares com os quais os pacientes tiveram contato também são acompanhados.
Fique atento
Causada por um vírus, os sinais e sintomas da doença podem durar entre duas e quatro semanas. A transmissão ocorre principalmente pelo contato pessoal e direto com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas contaminadas ou objetos infectados.
A transmissão ocorre por meio de gotículas então, requer contato mais próximo entre o paciente infectado e outras pessoas. Por isso é preciso manter uma distância segura para evitar a contaminação.
Números crescem
O Brasil já contabiliza, pelo menos, 978 casos da doença e nesta quinta-feira, a Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo divulgou que monitora três ocorrências suspeitas em crianças. Esses seriam os primeiros registros nesse público.
Nesta sexta-feira (29), será inaugurado o Centro de Operação em Emergências, criado pelo Ministério da Saúde, para accompanhar a situação epidemiológica e elaborar um plano de vacinação contra a varíola dos macacos.
De acordo com o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, a vacina a ser adquirida possivelmente será de vírus não replicante. A previsão é que 50 mil doses sejam destinadas ao Brasil, de acordo com a solicitação feita à Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
“O esquema de imunização deve ser de duas doses com intervalo de 30 dias entre elas. Já estamos em tratativas com as fabricantes para adquirir os imunizantes. O COE vai acompanhar todo o processo pandêmico em relação à monkeypox”, destacou Medeiros.
Emergência global
A Organização Mundial da Saúde (OMS), nesta semana, declarou emergência de saúde por conta da doença. Isso quer dizer que trata-se de “um evento extraordinário que constitui um risco à saúde pública para outros Estados por meio da disseminação internacional de doenças e potencialmente exige uma resposta internacional coordenada”.
Em todo o mundo já são mais de 18 mil casos confirmados, com 5 óbitos, em 75 países.
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