O Ministério Público do Estado de Mato Grosso, por meio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), ofereceu, na sexta-feira (14), duas denúncias relacionadas à operação Mantus. A primeira contra integrantes da organização Colibri, chefiada por João Arcanjo Ribeiro e seu genro, Giovanni Zem, e a segunda contra a Ello/FMC, do empresário Frederico Muller Coutinho. Ao todo, 33 pessoas foram denunciadas.
A Operação Mantus foi deflagrada pela Polícia Civil no dia 29 de maio, e levou João Arcanjo de volta à prisão. Além dele, outras 28 pessoas chegaram a ser presas de forma preventiva. Pedidos de liberdade já começaram a ser protocolados na Justiça Estadual.
Conforme o Gaeco, as duas organizações disputam espaço desde 2017. Na primeira denúncia, 14 pessoas, entre elas Arcanjo e Giovanni, vão responder pelos crimes de organização criminosa, contravenção penal do jogo do bicho, extorsão, extorsão mediante sequestro e lavagem de dinheiro.
Já a segunda denúncia, referente à organização Ello/FMC, abrange 19 pessoas. Segundo o MPE, Frederico Coutinho foi delator no processo desencadeado a partir da operação Sodoma, que resultou na condenação do ex-governador Silval Barbosa, e também é empresário tradicional na região de Cuiabá, onde explora atividades de cobrança e seguro.
Pesam contra integrantes da Ello/FMC a prática dos crimes de organização criminosa, contravenção penal do jogo do bicho e lavagem de dinheiro.
Em ambas as organizações, conforme o Gaeco, havia estruturação de forma ordenada, com níveis de hierarquia entre seus integrantes, e tarefas denominadas para cada agente.
O acervo de provas colhido durante as investigações foi composto por interceptações telefônicas, afastamento de sigilo bancário, análise de dados em aparelhos celulares apreendidos, prova documental, interrogatórios, relatórios técnicos e documentos extraídos de outras investigações e processos judiciais.
(Com assessoria)
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