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Advogados pedem habeas corpus para arquiteta cuiabana

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Advogados pedem habeas corpus para arquiteta cuiabana
hívena irlanda

Os advogados que assumiram a defesa da arquiteta cuiabana Hívena Del Pintor Vieira entraram com pedido de habeas corpus nesta segunda-feira (12). O pedido será analisado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. O objetivo é evitar que ela seja presa em razão de um mandado de prisão em aberto contra ela.

Hívena não compareceu à audiência realizada na terça-feira (6). Ela é acusada de atropelar dois garis e matar um deles em uma das principais avenidas paulistas na madrugada em 2015. Fontes disseram ao LIVRE que ela estaria grávida e vivendo na Europa. Fotos postadas no Instagram revelavam uma viagem por vários países. Logo depois, jovem deletou sua conta de Instagram.

O Ministério Público pediu a prisão da estudante, acatada pela juíza Sonia Nazaré Fernandes Fraga. Segundo a promotoria, “a acusada tinha plena ciência da investigação em andamento, estava representada por advogados que também acompanharam toda a investigação e não manteve qualquer informação atualizada sobre seu endereço no presente feito, o que inviabiliza a sua citação pessoal até o momento”.

O MP declarou ainda que os advogados que a acompanharam durante o inquérito policial, foram intimados e nada informaram sobre o paradeiro de Hívena. “Os fatos praticados são graves, tiraram a vida de um trabalhador e causaram comoção nacional, de forma que nada justifica a postura omissa da acusada e que está a impedir a aplicação da lei penal; desta forma, presentes os requisitos legais, requer-se desde logo a decretação da sua prisão preventiva, em especial para garantir a aplicação da lei penal”.

A juíza concordou e ressaltou a repercussão social acerca da gravidade do fato que ganhou o noticiário de todo o país. Afinal, Hívena teria fugido sem prestar socorro. Foi por meio de uma denúncia anônima sobre o carro que aparecia nas imagens, que a polícia chegou até ela. À época, Hívena teria dito que sofreu uma tentativa de assalto depois de sair de uma festa.. Ao fugir, teria atropelado “algo” ou “alguém”. Ela atropelou e matou o gari Alceu Ferraz e feriu José João da Silva que trabalhavam na avenida São João no momento do acidente.

A promotoria pediu ainda que fosse acionado o Núcleo de Investigação para descobrir o endereço dela e da testemunha Ana Alvarez, que também não foi localizada.

O advogado de defesa da família do gari morto, Ademar Gomes, ressaltou em entrevista ao LIVRE que ela deveria ter comunicado qualquer alteração de endereço. “Ela tem restrições. Ela estava sendo indiciada. Mata uma pessoa, vai até à delegacia com um advogado e não sabe que tem uma ação se desenrolando?”, criticou. 

Também em entrevista ao LIVRE,  a promotora que ofereceu a denúncia, Denise Elizabeth Herrera, disse que o Ministério Público de São Paulo deseja que ela se apresente o quanto antes. “O MP deseja que a ré tenha responsabilidade de se apresentar, apresentar sua versão e que a partir daí os fatos sejam esclarecidos diante da Justiça”, disse à ocasião.

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