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Wellaton pede expulsão de Adevair da função de relator da CPI do Paletó

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Wellaton pede expulsão de Adevair da função de relator da CPI do Paletó

Ednilson Aguiar/O Livre

Vereador Adevair Cabral

Adevair Cabral (esq.) levando uma bronca do colega Dilemário Alencar: relator da CPI é acusado de atuar para beneficiar o prefeito investigado

O vereador Felipe Wellaton (PV) pediu a expulsão do colega Adevair Cabral (PSDB) da função de relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Paletó, que investiga o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB). O motivo é a ausência do servidor público Valdecir Cardoso, que deveria depor nesta quarta-feira (7). Ele foi o responsável pela instalação das câmeras que filmaram Pinheiro recebendo maços de dinheiro e guardando no bolso do paletó.

“Surpreendentemente, na primeira sessão de oitiva programada para receber o depoimento da referida testemunha, o vereador Adevair Cabral surgiu no plenário desta casa com um suposto documento assinado pela testemunha, justificando sua ausência”, diz trecho do oficio enviado pelo vereador ao presidente da CPI, Marcelo Bussiki (PSB).

Ele disse ver na atitude de Adevair uma tentativa de “obstruir a Justiça ou, no mínimo, protelar os atos” da CPI. Wellaton não faz parte da comissão. Ele pede que o presidente Bussiki tome uma decisão monocrática sobre a questão.

O ofício entregue por Adevair tem data de 29 de janeiro. Nele, Valdecir pede para ser ouvido depois de 20 de fevereiro em razão de uma viagem. Depois do ocorrido, a CPI do Paletó decidiu pela condução coercitiva de Valdecir, e o pedido será encaminhado a um juiz criminal.

A reportagem tentou contato com Adevair, que não atendeu às ligações.

Delação monstruosa

Emanuel Pinheiro foi um dos deputados flagrados em vídeo recebendo dinheiro das mãos do chefe de gabinete do ex-governador Silval Barbosa, o também delator Silvio Corrêa. Os delatores afirmaram que os vídeos referem-se ao pagamento de mensalinho para apoiar o governo. A defesa do prefeito alegou que o dinheiro era para pagar uma dívida de uma pesquisa eleitoral realizada pelo instituto do seu irmão.

A CPI também apura um possível caso de obstrução da Justiça. O ex-secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme) Alan Zanatta gravou um áudio em conversa com Silvio. A utilização distorcida do áudio seria uma tentativa de atrapalhar as investigações. O prefeito nega ter relação com a gravação do áudio.

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