A dois meses de Cuiabá completar um ano de escolas fechadas, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) anunciou uma decisão: a rede pública voltará a receber alunos no dia 8 de fevereiro; a rede privada saberá quando terá a mesma autorização na próxima terça-feira (12).
Nesta sexta-feira (8), Pinheiro se reuniu com o Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus e representantes do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de Mato Grosso (Sinep).
E se no caso das escolas públicas a preocupação é com o aprendizado dos alunos – dadas as limitações financeiras para acesso a internet -, no caso das particulares, o problema é econômico.
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“Não podemos ser insensíveis a essa realidade. Fomos informados que muitos estabelecimentos fecharam as portas, faliram, quebraram. É uma situação muito dramática”, disse o prefeito.
Em setembro do ano passado, a prefeitura autorizou a reabertura apenas da educação infantil nas escolas particulares. O setor, porém, alega perdas consideráveis e faz pressão para a reabertura total. Ainda em julho de 2020, o número de alunos matriculados já havia caído cerca de 40% .
Soluções
Uma das soluções apresentadas pela secretária municipal de Educação, Edilene Machado, é acomodar, em média, 12 alunos por sala de aula. A experiência já foi feita no ano passado, durante a aplicação presencial da Prova Brasil com quase 20 mil alunos autorizados pelos pais.
“Desde que a [secretaria de] Saúde sinalize essa possibilidade, já precisamos discutir. Precisamos discutir também com a comunidade escolar em si. A discussão com a rede privada é diferente, porque há outros interesses”, comentou Edilene.
A decisão, porém, vai ser tomada somente na próxima terça-feira, quando um novo encontro deve ocorrer. Na reunião, um estudo técnico encomendado pela prefeitura deve ser apresentado e usado para nortear o veredito.
Ministérios Públicos Federal e Estadual foram convidados para participar do encontro.
Rede pública
Na rede municipal, as atividades escolares serão retomadas no próximo mês. Já no dia 1º os servidores – professores, coordenadores, diretores – se reúnem para decidir o ano letivo.
Para o dia 8 de fevereiro está marcada a volta dos alunos, que terão aula no sistema híbrido, revezando entre aulas presenciais e virtuais.
“Também há preocupação, mas quanto ao ensino e aprendizagem”, destacou o prefeito. “Ela teve seus prejuízos, mas o salário esteve em dia, porque a sociedade continuou sustentando a máquina pública e não houve quebra, desemprego”, ele completou.