Cidades

Propriedades privadas lideram focos de calor em Mato Grosso

4 minutos de leitura
Propriedades privadas lideram focos de calor em Mato Grosso
Imagem Ilustrativa (Foto: Sesp/MT)

Propriedades privadas lideram o número de focos de calor em Mato Grosso. Em mais de 150 mil delas, o Centro Integrado Multiagências, Cimam, detectou 12.996 focos de calor entre os dias 1 de janeiro e 8 de setembro. A área de concentração de focos é equivalente a 656.568,98 km², ou 72,67% do total.

Mato Grosso é recordista de focos de calor nos oito meses de 2019, dentre os estados da Amazônia Legal: foram detectados ao todo, 19.711 focos de calor.

Gráfico do ICV ilustra perspectiva

Depois das milhares de propriedades particulares, na sequência, estão 84 terras indígenas, em que foram registrados do início do ano até o dia 8 deste mês, 3.009 focos. Logo, estão os projetos de assentamento, com 829 focos de calor. As áreas que concentram focos de calor equivalem respectivamente, a 16,26 % e 5,08% do total.

A área que concentra focos de calor em Mato Grosso corresponde a mais de 903 mil km². A posição de Mato Grosso só cai, em relação ao Pará, mas no período entre 15 de julho e 8 de setembro. É aí que o Estado ocupa a 2ª posição, com 12.462 focos, enquanto o Pará, 12.261.

Gráfico do ICV ilustra perspectiva

Levando em conta os dados do levantamento, no período proibitivo, de 15 de julho a 8 de setembro, os números de foco de calor em Mato Grosso são quase o dobro do mesmo período em 2018: no ano passado, 6.988, neste ano, 12.261. A média dos últimos dez anos, de 2009 a 2019 é de 9.732.

Em relação à região metropolitana, Cuiabá, Santo Antônio de Leverger, Nossa Senhora do Livramento e Várzea Grande – teve 295 focos de calor desde o início do ano.

Vale ressaltar, nem todos os casos de focos de calor são necessariamente incêndios. Os sensores do satélite registram temperaturas acima de 47°C, por isso, os focos de calor não representam necessariamente incêndios florestais, fogo descontrolado, ou queimadas. Um incêndio, por sua vez, pode ter vários focos de calor.

Leia também:

Unidades de conservação

Em relação aos focos de calor detectados no período de 1º de janeiro a 8 de setembro, as unidades de conservação estaduais lideram os números, registrados em uma área correspondente a 28.700 km² e 466 focos de calor. Em segundo lugar, vêm as unidades de conservação federais, com 20.285,57 km² e 73 focos e em terceiro, as municipais, com 5.077,5 km² e 23 focos de calor.

Situação é crítica no Parque Estadual do Araguaia. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso (Sesp-MT), a próxima fase da Operação Abafa Amazônia será na região Araguaia, mas ainda não há data definida.

Alerta ICV

Já o Instituto Centro de Vida (ICV), calcula que o número de focos de calor em Mato Grosso até 11 de setembro deste ano já tenha superado em 20% o total de focos de todo o ano passado. Segundo levantamento do instituto ambiental, “somente nos últimos sete dias, a média foi de 630 novos focos por dia”.

O total entre 5 e 11 de setembro foi de 4.409 novos registros – bastante superior à semana anterior, com 1.915 focos de calor registrados em sete dias.

“A seguir neste ritmo e considerando que a estação chuvosa ainda está longe de iniciar, é possível que o número de focos chegue a 35 mil ocorrências, o que seria o maior número em um ano desde 2010”, diz trecho de material divulgado pela assessoria do ICV.

Manchas de fumaça sobre Mato Grosso, divulgado pelo ICV

Operação Abafa Amazônia

De acordo com a Assessoria de Segurança Pública, nas duas fases da Operação Abafa Amazônia realizadas em agosto e setembro deste ano, cerca de 29 mil hectares foram fiscalizados com estimativa de R$ 43 milhões de multas aplicadas.

As ações foram coordenadas pelo Centro Integrado Multiagências de Coordenação Operacional (Ciman), instalado na Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp).

A segunda fase da Operação Abafa Amazônia, de 02 a 11 de setembro, ficou focada no médio-Norte e o lançamento foi em Sinop, com a força-tarefa multiagências atuando em União do Sul, Cláudia e Marcelândia. Ao todo foram fiscalizadas 28 áreas, num total de 20.111 hectares e estimativa de R$ 21,8 milhões em multas.

 

Use este espaço apenas para a comunicação de erros




Como você se sentiu com essa matéria?
Indignado
0
Indignado
Indiferente
0
Indiferente
Feliz
0
Feliz
Surpreso
0
Surpreso
Triste
0
Triste
Inspirado
0
Inspirado

Principais Manchetes