Fred Gustavos
Caio Augusto, Thereza Helena e Eika irão comandar oficina com exercícios de texto e dança
Neste mês de março, o Parágrafo Cerrado entra em cena novamente e desta vez na linguagem do corpo, a dança. Mais uma parceria do blog colaborativo de artistas com o Sesc Arsenal, oferece oportunidade aos interessados em crítica e agora, dançarinos que buscam espaço para compartilhar seu processo de criação, com a oficina “Práticas para Leitura de Cena em Dança”, realizada entre os dias 20 e 23 de março, na unidade.
A atividade será ministrada pelos “paragrafadores”, Caio Augusto e Thereza Helena, e a dançarina Elka Victorino, que através exercícios práticos, objetivam incentivar a observação e a criação, com orientações sobre a estrutura do texto analítico, durante o período, das 8h às 12h.
Segundo a paragrafadora e atriz, Thereza Helena, o objetivo é ensinar a crítica artística com trabalhos locais para incentivar o olhar colaborativo entre artistas e conterrâneos. “Iremos discutir espetáculos da galera de Cuiabá que estão sendo produzidos neste momento, visando compartilhar experiências daqui”, ressalta.
Ela ainda explica que apesar de se tratar de uma oficina sobre leitura de cena, na dança, a atividade não tem pretensão de ver a crítica como imperativa, mas busca ser construtiva. “O que também não significa que não terá o trato opinativo, mas explorar pontos de potência que podem ser definidos nestes momentos de troca”, explica.
A dinâmica proposta para a oficina, assim como o público que ela busca, reconhece a necessidade de estudar a crítica junto a própria manifestação da linguagem, neste caso, a dança. Pensando nisso, os participantes serão dançarinos e interessados na área da dança e escrita crítica.
“O corpo que escreve é o mesmo que dança, aquece e levanta”, explica a artista sobre a motivação que norteia a atividade. Além de texto, os participantes também irão praticar a dança e para isso, os professores aconselham o uso de roupas confortáveis na ocasião.
A confecção de textos também será tratada em sua diversidade de olhares e estilos, que muito se dá em função da linguagem trabalhada. O Parágrafo Cerrado sabe disso muito bem. Começou com a união de artistas do teatro para dar atender a demanda de uma resposta sobre os trabalhos apresentados nos palcos e, agora, busca formar novos críticos em mais outra linguagem das artes cênicas.
Aliás, em janeiro foi vez da oficina “Crítica Cinematográfica”, que levou a experiência do Parágrafo Cerrado para o audiovisual com a atriz Aline Wendpap, uma de suas idealizadoras. “Essa é mais uma ação de expansão do Parágrafo para contemplar vários campos artísticos, também para as artes plásticas e literatura”, confirma Thereza.
Com paragrafadores residentes, convidados e correspondentes, a iniciativa já chega em Rondonópolis e Curitiba, com a ideia é expandir para Primavera e Alta Floresta. “Operar, servir e trabalhar para outros artistas”.
Inscrições podem ser feitas pelo maguiar@sescmt.com.br ou AQUI.
