O médico Fernando Veríssimo de Carvalho conseguiu uma decisão favorável à sua presença no tribunal do júri que será realizado na próxima quarta-feira (10), em Rondonópolis (210 km de Cuiabá).
O rapaz é acusado de matar a companheira Beatriz Nuala Soares Milano, de 27 anos, em dezembro de 2018. A jovem estava grávida de 4 meses. A causa da morte, apontada pela necropsia, foi traumatismo craniano.
Inicialmente, Fernando alegou à polícia que teria encontrado sua mulher morta em cima da cama. Entretanto, investigação da Polícia Civil apontou que o médico teria provocado a morte da esposa durante uma briga e pediu a prisão do rapaz.
Presente no julgamento
A defesa do médico apresentou três pedidos à Justiça, com relação ao tribunal do júri: que Fernando possa participar presencialmente, com trajes civis e sem o uso de algemas.
A presidência do júri afirmou que estar presente no julgamento é um direito do acusado.
“Sua ausência física no julgamento impossibilita, inclusive, que sua figura seja observada pelo Conselho de Sentença sob uma perspectiva humanizada, transmudando-se em uma mera imagem digitalizada que lhes é exibida em um monitor”, complementou.
O uso de trajes civis também foi autorizado, desde que a defesa do médico faça a entrega das roupas em tempo hábil.
Já quanto ao uso ou não de algemas, caberá ao “Juiz-Presidente avaliar a necessidade ou não de manter o paciente algemado durante a sessão plenária”, informou a decisão publicada no Diário de Justiça Eletrônico (DJE) dessa quinta-feira (4).
No mês passado, o julgamento teve uma primeira sessão realizada. Mas a defesa do médico insistiu na oitiva de uma testemunha que estava em plenária e acompanhou o depoimento do médico perito. Diante dessa irregularidade, o juiz Wagner Plaza Machado Junior determinou a remarcação do júri.