O advogado Rowles Magalhães Pereira da Silva foi preso nesta terça-feira (19) durante a Operação Descobrimento, deflagrada pela Polícia Federal (PF). Os agentes o encontraram na cada dele, em São Paulo. O imóvel também estava na rota dos agentes por ser um dos alvos de busca e apreensão por conta de uma investigação sobre tráfico internacional de droga.
Conforme a PF, artigos de luxos, como bolsas e relógios, foram apreendidos na casa do advogado, além de dinheiro em euro. A quantia não foi informada.
O ex-secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci), Nilton Borgatto (PSD), também foi preso na mesma operação hoje pela manhã, em seu apartamento, localizado na avenida Presidente Marques, em Cuiabá. Ambos, Silva e Borgatto, são apontados como integrantes de um esquema de tráfico internacional de drogas, em especifico transporte de cocaína para Portugal.
Outra acusação
Rowles Magalhães Pereira da Silva ficou conhecido em Mato Grosso por ser investigado no esquema de propina para a licitação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) durante o governo de Silval Barbosa (sem partido).
Ele aparece na investigação como lobista e financiador do modal e teria chegado a receber cerca de R$ 1 milhão do grupo criminoso que seria chefiado por Silval Barbosa.
Entenda o caso
Durante a operação, estão sendo cumpridos 46 mandados de prisão e 9 mandados de prisão. As ordens judiciais foram expedidas pela Justiça da Bahia e serão cumpridas em Mato Grosso, São Paulo, Rondônia e Pernambuco.
Em Portugal, com o acompanhamento de policiais federais, a polícia portuguesa cumpre três mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva nas cidades do Porto e Braga.
As investigações tiveram início em fevereiro de 2021, quando um jato executivo Dassault Falcon 900, pertencente a uma empresa portuguesa de táxi aéreo, pousou no aeroporto internacional de Salvador/BA para abastecimento.
Após ser inspecionado, foram encontrados cerca de 595 kg de cocaína escondidos na fuselagem da aeronave.
A partir da apreensão, a Polícia Federal conseguiu identificar a estrutura da organização criminosa atuante nos dois países, composta por fornecedores de cocaína, mecânicos de aviação e auxiliares (responsáveis pela abertura da fuselagem da aeronave para acondicionar o entorpecente), transportadores (responsáveis pelo voo) e doleiros (responsáveis pela movimentação financeira do grupo).
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