Mato Grosso poderá ter produção própria de gás natural. A indústria que irá fornecer o combustível deve começar a operar no ano que vem e a quantidade superaria a dependência de compra da Bolívia. Mas, a mudança deve ficar mais dentro da própria indústria.
O biocombustível será produzido pela transformação de bagaço de cana-de-açúcar, milho e outros resíduos naturais da produção agricultura. Mato Grosso atingiu na safra passada 4,7 bilhões de toneladas de etanol com restos do milho e da cana-de-açúcar.
“Nós chamamos agora o setor de bioenergia. Nós transformados os subprodutos em novos produtos. Antigamente, ele produzia etanol e, ocasionalmente, açúcar; hoje o etanol de cana e de milho e o farelo. Também vamos produzir biogás e biometano”, disse a diretora executiva do Bioind-MT, Lhais Sparvoli.
Segundo ela, as alternativas de biocombustível terão o mesmo papel que o etanol tem para o desempenho em carro flex, inclusive com a possibilidade de conversão para uso alternado de mais dum tipo de combustível.
A estimativa da indústria é que Mato Grosso supere a carência da importação do gás natural veicular (GNV) da Bolívia e supra a demanda por óleo diesel em 85%. Mato Grosso consome hoje cerca de 2,5 bilhões de litros de diesel e 288 milhões de quilo do biometano.
Porém, não perspectiva de que a autossuficiência reduza o custo para os motoristas. Conforme Lhais Sparvoli, a produção estimada seria suficiente para manter a própria indústria, com algum excedente para venda. O impacto mais significativo seria para a própria indústria.