Mato Grosso

Indícios de fraude? Candidatos a reitor da UFMT pedem anulação de “eleição”

Professores que tiveram menos votos recorreram à Justiça afirmando que o sistema de votação não era seguro o suficiente e apresentou falhas

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Indícios de fraude? Candidatos a reitor da UFMT pedem anulação de “eleição”
(Foto: Ednilson Aguiar/ O Livre)

Candidatos a reitor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) pediram a suspensão do processo de consulta que deu a vitória ao atual titular do cargo, professor Evandro Soares da Silva. 

A votação, ocorrida no dia 24 deste mês, é questionada na Justiça pelos professores Alexandre Machado e Danielli Beckes, cabeças das chapas de oposição. 

Soares recebeu 66,98% dos votos registrados. O prazo para inscrição na lista tríplice, que segue para escolha do governo federal, encerra nesta quinta-feira (30). 

Alexandre Machado ingressou na Justiça um mandado de segurança. Nele questionou o processo acelerado de inscrição e campanha, que ocorreu no prazo de 20 dias. Historicamente, esse prazo é de cerca de cinco meses. 

Ele argumenta no recurso que a montagem da lista tríplice deveria ter começado em março, mas foi protelada até o início de julho.

Fonte ouvida pelo LIVRE já havia afirmado que Conselho de Ensino, Pesquisa E Extensão (Consepe) já havia decidido, informalmente, no início do ano, a protelar o processo até caducar a Medida Provisória (MP) do governo federal que mudou as regras para a definição de nome. 

“Mas o mais gritante dos vícios existentes em todo o processo é quanto a falibilidade do sistema de votação escolhido. O sistema é inseguro, frágil para um pleito que deve ter como premissa máxima a segurança da votação, uma vez tendo sido denunciado pelos conselheiros quanto ao acesso dos coordenadores dos cursos de graduação e pós-graduação às senhas dos discentes”, aponta trecho do mandado. 

A chapa da professora Danielli Beckes já havia apresentado pedido de impugnação do processo à comunidade acadêmica no dia da consulta. 

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O técnico em informática Thyago Jorge Machado aponta quebra de protocolo de segurança e auditoria no sistema usado para a consulta. 

Por causa das medidas de restrição social na pandemia, os votos foram registrados virtualmente por meio de um sistema aberto. É um modelo considerado seguro para evitar fraudes. 

Contudo, segundo o técnico, alguns registros no processo da UFMT não batem, por exemplo, o código de execução de voto que aparece na máquina de votos e o que ficou disponível na internet para acesso dos eleitores. 

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