O gabinete de intervenção na Saúde de Cuiabá diz que 17.682 mil pessoas morreram na fila de espera por cirurgias em 9 anos. O número é quase o dobro da estimativa de 9 mil que a interventora Danielle Carmona havia divulgado no começo do mês.
A quantidade está num relatório entregue na terça-feira (25) ao desembargador Orlando Perri, relator da ação judicial que autorizou a intervenção. O gabinete diz que chegou ao número de mortes pelo cruzamento de dados do Sistema Nacional de Regulação (Sisreg) e do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM).
Ambos são bancos de dados do Sistema Único de Saúde (SUS) gerenciados pelo Ministério da Saúde. O primeiro fornece informações sobre a demanda de serviços, da rede básica à avançada, e o segundo os registros epidemiológicos.
O gabinete diz no relatório que as mortes na fila de espera são somadas desde 2014. Cuiabá teria registrado, neste recorte, a média de 1,9 mil mortes de pacientes por ano.
Não há informação sobre as causas dos óbitos. O gabinete também disse que já identificou 110 mil pedidos para procedimentos no SUS em Cuiabá. A atualização da lista de espera exclui 15 mil procedimentos.