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Com número reduzido de alunos, academias só devem ter fôlego em 2021

Para atrair alunos, empresários apostam em proteção contra a covid, mas isso significa investimento, quando mal se consegue pagar as contas

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Com número reduzido de alunos, academias só devem ter fôlego em 2021
(Foto: Arquivo Pessoal)

Após cinco meses de portas fechadas por conta da pandemia do novo coronavírus, só parte das academias conseguiu voltar a funcionar em Mato Grosso, após liberação do poder público. Das cerca de mil que existiam em todo o Estado, 30% não sobreviveram ao novo coronavírus.

E o gosto amargo do primeiro semestre deve durar um pouco mais do que o desejado.
Para Celso Mitsunari, empresário do ramo e representante da Associação Brasileira de Academias no Estado, o fôlego só deve vir em dois anos.

O motivo, segundo ele, é a diminuição no número de clientes. As regras de distanciamento social e higiene impedem a lotação máxima desses espaços. Na academia dele, por exemplo, os horários são todos agendados. E se antes 30 alunos dividiam o espaço por hora, hoje, o número não passa de 10.

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A estimativa é de que apenas 30% dos público estejam frequentando as academias após a reabertura. Um volume insuficiente para a manutenção das empresas, que precisam honrar despesas como aluguel e energia elétrica.

Até que a crise perca força, não há uma estratégias única para atrair o público. Cada estabelecimento tem buscado o que considera a melhor maneira.

“Estou investindo em segurança. Entre as esteiras foram instaladas divisórias para aumentar a proteção. Parece que o aluno está dentro de um box. Além disso, cada um tem um pano com álcool para higienizar os equipamentos. Não consigo, nesse momento, dar desconto, mas invisto em segurança. Essa é a minha aposta”, conta Celso.

Frustração

A crise trouxe também frustração. Segundo Celso, a expectativa era positiva para o primeiro semestre de 2020. Além dele, outros empresários investiram. Foram treinamentos para os profissionais e reestruturação de espaços e equipamentos. Algo que deve ter somado cerca de R$ 380 mil para o setor.

Agora, ele prevê uma segunda onda de crise, causada por quem se endividou para manter o negócio funcionando.

“Todos estão entrando ‘machucados’. Só quem tinha reserva é que está sobrevivendo nessa crise. Eu, particularmente, perdi 10 anos de reserva financeira“, ele revela.

Com o fechamento de parte dessas empresas, em média, três mil funcionários perderam seus empregos em Mato Grosso. “O impacto é grande”, ele lamenta.

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