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Após demissões e falências, turismo deve decolar no 2º semestre

Festas de fim de ano são apostas de agências que já registram aumento na procura por viagens para destinos clássicos como Rio de Janeiro e Bahia

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Após demissões e falências, turismo deve decolar no 2º semestre
(Foto: Pixabay)

Com a mobilidade reduzida pelas medidas de isolamento impostas por causa da covid-19, o turismo – atividade que depende exclusivamente do trânsito turistas – está profundamente afetado. Diante da crise, os impactos no setor são evidentes.

Ainda não há uma vacina contra a covid-19. Mesmo assim, a procura por pacotes de viagem já aumentou no segundo semestre em comparação com o começo do ano.

Como os outros setores, o turismo deixou de operar nos primeiros meses de 2020. Reflexo da suspensão nas atividade de hotéis e companhias aéreas, o setor se viu em um desastre.

A queda registrada nesse período foi de 90%, segundo o empresário Omar Canavarros Jr, presidente do Sindicato das Empresas do Turismo de Mato Grosso (Sindetur-MT).

A dificuldade, porém, era só presságio. Os meses seguintes seguiram a tendência e foram “muito ruins”. Foi entre março e junho que o setor registrou o pior período, com demissões e falências.

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Otimista com a segunda metade de 2020, Omar prevê um movimento bem maior que o registrado no começo do ano. As festas de fim de ano e férias são as grandes apostas do setor. Segundo ele, a procura por pacotes de viagens aumentou consideravelmente.

Apesar da expectativa, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) estima uma perda de 21,5% para o setor entre outubro de 2010 e outubro de 2021, considerando uma possível estabilização da economia no biênio.

Imagem: Reprodução

Setor decolando

No mês passado, contudo, uma lenta recuperação já pôde ser notada. As buscas de viagem para o fim do ano aumentaram ou “deram uma melhorada”, nas palavras de Omar. É que os mato-grossenses e brasileiros estão realmente de olho nas tradicionais festas de fim de ano. E parece que a covid-19 não será um empecilho.

“Já temos bastante busca de viagem para o final de ano. Em janeiro, as viagens para o nordeste – o mato-grossense adora uma praia nordestina – já estão sendo procuradas também”, conta.

O movimento ainda está abaixo do esperado. Em comparação com o mesmo período do ano passado, houve queda de 50% na procura.

Segundo Omar, parte dos destinos preferidos dos brasileiros já estão com lotação máxima para Natal e Réveillon. É o caso de Rio de Janeiro, Bahia, Fortaleza, São Paulo e Florianópolis.

Já as viagens para o exterior estão sendo deixadas de lado. A queda é motivada também pelo fechamento das fronteiras, como nos Estados Unidos em que a entrada de brasileiros, por exemplo, está proibida. A previsão, contudo, é que em janeiro procura por viagens internacionais volte.

(Foto: Reprodução/O Livre)

Quem está na ponta

Mas é para quem está na ponta do setor que a situação parece pior. O turismo de massa no Brasil está concentrado na porção oriental do Brasil, basicamente nos estados litorâneos. Outros estados, contudo, também tem uma projeção razoável em Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.

Apesar de ser um Estado que não depende da renda gerada pelo turismo, alguns municípios de Mato Grosso possuem profissionais que são fortemente dependentes da atividade. É o caso de Chapada dos Guimarães e Nobres.

Nas cidades, os guias de turismo – por exemplo – dependem da visitação dos turistas. Após meses de dificuldade, os profissionais também parecem estar mais otimistas. A previsão é que o setor ganhe fôlego com o decreto do governo que autoriza a realização de eventos, mesmo que com capacidade reduzida.

Dica

Para quem precisa ou quer viajar, a dica é aproveitar os preços e ofertas que vão até meados de dezembro. Os preços baixos são os atrativos.

Um pacote com passagem aérea, sete noites de hospedagem e passeio inclusos para o nordeste sai, em média, R$ 980 por pessoa. Antes da pandemia o valor era de R$ 1,8 mil.

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