O mercado turismo encolheu 90% em Mato Grosso no primeiro semestre deste ano, com a paralisação das atividades econômicas devido a pandemia. A estimativa é do secretário estadual de Turismo, Jefferson Moreno.
Segundo ele, a maioria dos hotéis em Mato Grosso tem registrado taxa de ocupação de apenas 15% nos últimos meses, mesmo com a liberação para receber até 50% da quantidade máxima possível de hóspedes.
“Acho que não dá para falar mais em turismo doméstico neste ano, podemos pensar em turismo regional, nacional, que pode melhorar a partir de agora, com a mudança da curva da pandemia”, ele avalia.
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Segundo o secretário, cidades que dependem do turismo para gerar renda e receita foram as principais afetadas. Na lista estão Nobres, Barão de Melgaço e Chapada dos Guimarães.
Desde março, o cenário tem sido de insegurança por causa das diversas mudanças nas regras de restrição ou liberação das atividades econômicas.
“Os estabelecimentos em Nobres, por exemplo, ficaram 15 dias abertos, voltaram a fechar. Devem reabrir agora”, exemplificou.
Reaquecimento
O empresário Omar Canavarros Jr, presidente do Sindicato das Empresas do Turismo de Mato Grosso (Sindetur-MT), diz que um cenário semelhante foi registrado no fluxo de visitas de mato-grossenses a outros Estados.
Segundo ele, apesar de os quatro meses da quarentena ter ocorrido nos meses de mercado em baixa (entre março e junho), a redução ficou na casa dos 90%.
“Não foi somente em Mato Grosso, o mercado parou em todos os lugares. No nosso caso, a paradeira levou muitas agências de turismo a fecharem e outras a suspender as atividades, que só estão começando a ser retomadas agora”, explica.
O empresário afirma que já existe procura por pacotes em dezembro e janeiro, com vista ao réveillon e o verão de 2021. Os Estados mais procurados são Rio de Janeiro e São Paulo e a região Nordeste.
O Sindetur-MT projeta que o mercado de viagens internacionais só deve voltar a aquecer em Mato Grosso em meados de 2021. O turismo interno poderá ser a alternativa.