A volta presencial das aulas na rede pública de Mato Grosso ainda é incerta. Sem prazo definido, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) quer saber a opinião dos pais. Na internet, eles podem responder a um questionário. As respostas devem guiar a tomada de decisão do governo.
O questionário tem cinco questões. As mais importantes: se concordam com a retomada das aulas presenciais e se a criança tem algum tipo de comorbidade ou convive com alguém que tenha alguma.
O formulário com as perguntas pode ser acessado aqui.
Um estudo específico é feito pelo governo para o retorno dos alunos do terceiro ano do ensino médio. As aulas seriam feitas em modo de revezamento.
“As aulas somente retornarão com avaliação e pareceres das autoridades de saúde. O planejamento do retorno das atividades presenciais está sendo feito de acordo com o protocolo de segurança da Secretaria de Estado de Saúde (SES)”, afirmou a secretária Marioneide Kliemaschewsk.
Na semana passada, membros dos Ministérios Públicos de todos os Estados e da União se reuniram com especialistas da área da saúde. Foram consultados o epidemiologista e ex-secretário Nacional de Vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, e o médico e pesquisador Fábio Jung.
Eles defenderam o retorno das aulas presenciais no país antes de haver uma vacina disponível contra a covid-19.
Fiscalização do MP
Em Mato Grosso, o promotor de Justiça Miguel Slhessarenko Júnior, da 8ª Promotoria de Justiça Cível de Cuiabá e coordenador do Centro de Apoio Operacional (CAO) em Educação, garante que o órgão vai fiscalizar os protocolos de biossegurança definidos para a volta à aulas.
“Trabalharemos num primeiro momento para fiscalizar se os protocolos de biossegurança serão devidamente cumpridos e implementados em cada unidade escolar”, disse.
O órgão também deve atuar para garantir o acesso à Educação a todos os alunos, incluindo os que estiverem em grupos de risco ou se sentirem inseguros. A solução apontada seria um ensino híbrido.