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VLT de Cuiabá volta a ser notícia nacional após término de outra Copa do Mundo

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VLT de Cuiabá volta a ser notícia nacional após término de outra Copa do Mundo
(Foto: Ednilson Aguiar/O Livre)

Quando anunciado pelo ex-governador Silval Barbosa, ainda em 2012, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) foi bastante aguardado pela população cuiabana. Agora, com a obra paralisada com menos de 40% de execução e atrasada em mais de oito anos, o modal, orçado em R$1,4 bilhão, é símbolo de vergonha para o povo de Mato Grosso. Em reportagem especial, o Jornal da Globo desta terça-feira (17) lembrou da promessa não cumprida.

Na reportagem veiculada, a equipe chama a atenção para o mato que já toma conta do canteiro há muito tempo. Eles lembram ainda sobre a ocupação dos trilhos, que deveriam chegar a 20 km de extensão, mas que foram construídos apenas 6 km. Há alguns anos, um grupo de amigos promoveu um “churrasco na vala”, num protesto que visava fomentar a discussão sobre os espaços que estavam abandonados. Mais recentemente, um grupo de atividade física passou a ocupar outro trecho do canteiro.

[featured_paragraph]“Por que não fazer um treino no espaço onde deveria estar passando o VLT? Vamos protestar praticando algo, invés de só palavras e cartazes”, disse o professor de Educação Física, Heber Pinho e Silva à repórter. “É dinheiro nosso que foi investido e você não vê o retorno. Só fica na promessa”, comentou outro cidadão.[/featured_paragraph]

As obras do VLT começaram em junho de 2012, e tinham o prazo de serem entregues antes do início da Copa do Mundo de 2014, que teve Cuiabá como uma das sedes. No entanto, foram atrasadas por diversas irregularidades. Hoje o modal não tem 40% do projeto executado, sendo que o governo do Estado já investiu mais de R$1,066 bilhão.

O contrato inicial foi feito com o Consórcio VLT, no prazo de execução da obra de 24 meses. No entanto, quando deveria ter sido entregue, em março de 2014, os responsáveis assinaram um primeiro termo aditivo e prorrogaram a entrega para dali mais 12 meses.

(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

Quando Pedro Taques assumiu o governo do Estado, com a proposta de retomar as obras, ele tentou negociar com o Consórcio. No entanto, chegaram num impasse em razão do valor que o grupo queria cobrar pela retomada da construção: pedia entre R$ 977 milhões e R$1,494 bilhão.

A discussão foi levada à Justiça Federal e uma série de tentativa de negociações teve início. Um novo acordo foi firmado, meses depois, no valor de R$ 922 mi, pelo governador Pedro Taques, novamente com a promessa de que o modal estivesse pronto em outros 24 meses. Assim, deveria ser entregue em julho de 2019. Uma operação da Polícia Federal, deflagrada em agosto do ano passado, porém, impediu os novos planos.

A “Descarrilho” surgiu após depoimentos do ex-governador Silval Barbosa, no qual ele afirma a existência de uma organização criminosa que usava o VLT para lavagem de dinheiro. Com a investigação pesando contra o Consórcio VLT, o governo rompeu o contrato.

Recentemente, o governador tem garantido em entrevistas que deve lançar, ainda neste mês de julho, um edital para a retomada das obras, em modelo de Regime Diferenciado de Contratação (RDC). Até o momento, nada foi divulgado.

Confira a reportagem do Jornal da Globo AQUI.

(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

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