João Arcanjo Ribeiro pareceu bastante confortável ao ter sua casa, localizada no Bairro Boa Esperança, em Cuiabá, revirada por agentes da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Civil, na manhã desta quarta-feira (29).
Na realidade, segundo o delegado Flávio Stringueta, que participou da operação, ele não apenas “pareceu”, como, de fato, estava bastante tranquilo.
“Arcanjo foi tranquilo e me surpreendeu. Com muita calma, ele permitiu a entrada em todos os cômodos. Foi muito gentil”, comentou o delegado, durante a entrevista coletiva.
Talvez seja apenas o “jeito de ser” do empresário ou, talvez, ele já esteja acostumado. Fato é que, de sua casa, a polícia ainda saiu com cerca de R$ 201 mil em espécie e diversas planilhas de movimentação do jogo do bicho. Ele deverá passar por audiência de custódia na tarde dessa quarta-feira.
Operação
Arcanjo foi alvo da Operação Mantus, deflagrada nesta manhã, para combater duas organizações criminosas que continuavam com a prática de jogos ilegais em Mato Grosso. Segundo informou a Polícia Civil, ele ainda estaria compondo o núcleo de liderança de uma das organizações, que passou a ser comandada, também, por seu genro, o empresário Giovanni Zem Rodrigues.
Ex-comendador de Mato Grosso, ele já chegou a ficar 15 anos preso pela Operação Arca de Noé, pelos crimes de contravenção penal (pelo jogo do bicho), formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e homicídio. Conseguiu sua liberdade em fevereiro de 2018 e, desde então, estaria “trabalhando normalmente”, segundo informou diversas vezes.
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