Mato Grosso pode estar vivendo (ou próximo de) uma terceira onda de covid-19. A afirmação é baseada no aumento da taxa de transmissão do vírus, que seguia tendência de queda, mas voltou a subir.
Na terça-feira (18), o índice chegou a 1,12. Isso significa que um grupo de 100 pessoas transmite a doença para outras 112. Esse indicador havia caído e alcançado o menor patamar em 26 de abril: 0,81.
Os números foram apresentados pelo deputado estadual e médico sanitarista Lúdio Cabral (PT). Na avaliação do parlamentar, o aumento pode ser efeito do relaxamento das medidas restritivas e do aumento da circulação de pessoas.
“O Estado retardou a tomada de decisões sobre medidas restritivas, decretou medidas inadequadas e está se apressando em tomar medidas de relaxamento. Não estamos em um patamar da curva epidêmica que permita isso”, afirmou.
O que diz o governo?
Nesta quinta-feira (20), em entrevista, o secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, admitiu que o Estado vive, possivelmente, uma terceira onda.
“Eu acho que nós já estamos nela. Muito provavelmente sim. Porque uma onda é quando você tem um declínio substâncial e aí começa a crescer novamente. Temos novas variantes circulando também no Estado. Em alguns municípios, já sentimentos o crescimento substancial e temos que administrar isso daqui para frente”, afirmou.