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Quatro militantes LGBT emprestam seu cotidiano e constrõem documentário premiado internacionalmente
Identidade de gênero, orientação sexual e violência nas periferias urbanas, são questões reveladas no documentário de Alice Riff, que conduz o espectador pelas narrativas diárias de personagens importantes ao universo LGBT. Premiado internacionalmente, “Meu Corpo é Político” estreia em Cuiabá nesta sexta-feira (16), às 19h30, em sessão gratuita no cinema do Sesc Arsenal.
A artista e professora de teatro, Linn da Quebrada, diretora de escola pública no Capão Redondo, Paula Beatriz, a jovem fotógrafa em fase de transição, Giu Nonato, e o estudante e operador de telemarketing, Fernando Ribeiro, são quatro militantes LGBT que vivem na periferia de São Paulo.
As personagens não só emprestam seu cotidiano ao filme, mas constroem diretamente sua narrativa que opta pelo estilo de documentário controlado. Nele, as ações são encenadas por eles próprios a partir da vivência de cada um, em busca desse “corpo político” que resiste contra a opressão em sua própria existência.
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Filme aborda identidade de gênero, orientação sexual e violência através de atos cotidianos encenados pelas personagens
Em suas histórias, a violência surge em diversas camadas do cotidiano, assim como a luta contra a transfobia aparece sob forma de atos aparentemente banais, como sair de casa, frequentar faculdade, ter emprego, se relacionar e ter momentos de lazer. Assim, apesar da temática em voga, “Meu Corpo é Político” foge padrões recorrentes que retratam transgêneros e travestis em situações de violência e prostituição.
“Meu Corpo é Político” foi vencedor do Prêmio Olhares Brasil, em sua estreia nacional no 6º Festival Internacional de Cinema de Curitiba – Olhar de Cinema, no 50º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro e no DocSP 2017. A produção também recebeu o prêmio Stajano no 38º Lovers Torino LGBTQI Visions na Itália.
O documentário foi filmado no primeiro semestre de 2016 e teve sua estreia mundial em abril de 2017 no Visions du Réel, importante festival de documentários em Nyon, na Suíça. A estreia latino-americana ocorreu na Argentina, durante a Competição de Direitos Humanos do BAFICI – Festival de Cinema Independente de Buenos Aires.
