O secretário de Segurança Pública, Alexandre Bustamante, disse nesta quarta-feira (2) que vê má-fé de candidatos que teriam se saído mal no concurso das forças policiais nas denúncias de suposta fraude na seletiva.
Segundo ele, laudo da Polícia Civil e da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) não reconheceu vazamento de dados da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), instituição responsável pela aplicação da prova teórica.
O secretário acrescentou que as denúncias feitas ocorreram após a divulgação do gabarito das provas. E o levantamento feito até o momento, de sete mil salas onde houve candidatos, não apresentou dado que levasse a considerar o cancelamento do concurso.
“A possibilidade, por enquanto, é zero. Estamos aguardando a finalização [da apuração das denúncias]. Foi feita perícia nos computadores da UFMT e a possibilidade de vazamento é zero. Todas as denúncias serão apuradas. Temos todas as atas de sala de aula, e vamos ver quantas denúncias foram feitas em sala de aula. Porque, se o candidato vê alguma coisa que o prejudica, ele pode registrar na ata”, afirmou.
Cerca de 67 mil pessoas se inscreveram para o concurso. As provas ocorreram em sete mil salas de escolas em oito cidades. Um dia após a aplicação quatro pessoas foram presas sob suspeita de fraude e nos dias seguintes mais de 100 denúncias se somaram ao Ministério Público de Mato Grosso (MPE).
O secretário disse que a apuração passará pela identificação dos candidatos que denunciaram irregularidades e depois será averiguada o desempenho deles no certame.
Ele associou as fotos de gabarito divulgadas em redes sociais a pessoas que teriam “escamoteado” a regra de não entrar com celulares na sala de prova. Depois disse que a intenção seria usar a imagem para levar suspeita, em caso de desempenho baixo.
“Entram com aparelho sim. É preciso colocar o celular num envelope e guarda-lo. Mas, algumas pessoas de má-fé, na minha opinião, queriam [usar isso] para anular a prova”, afirmou.