Mato Grosso registrou 9.407 queimadas este ano, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O número representa um acréscimo de 46% em relação a todo o ano passado (jan a dez), quando os satélites identificaram 6.404 focos.
As estatísticas colocam o Estado em 1° lugar no ranking de incêndios. Em segundo lugar aparece Roraima (4.606) e, em terceiro, Tocantins (4.396).
Secretário-executivo do Comitê Estadual de Gestão do Fogo da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Paulo Barroso explica que o aumento era esperado e tem causas naturais.
Segundo o coronel do Corpo de Bombeiros, em intervalos entre 2 e 5 anos, os dados históricos mostram um acréscimo dos focos devido ao acúmulo de biomassa no solo.
O material fica sobre a superfície e funciona como uma espécie de combustível. Assim, alimenta os focos de calor e os números de queimadas, que crescem proporcionalmente em toda Amazônia Legal.
Barroso adverte ainda que, segundo o acompanhamento feito pelos satélites do Inpe, a maior parte dos registros (92% deles) estão em áreas particulares, não nas reservas ou áreas de proteção.
Olhando para o céu
A expectativa é que a água chegue antes do final do período proibitivo de queimadas, 7 de setembro.
De acordo com a lei, a pessoa que for pega ateando fogo em qualquer área nesse período pode ser indiciada por crime ambiental e pagar multa entre R$ 1 mil e R$ 7,5 mil por hectare.
Serviço
O atendimento imediato e combate aos incêndios florestais deve ser acionado pelo número 193 do Corpo de Bombeiros. Já em caso de denúncias de queimadas nas áreas rurais, o cidadão deve entrar em contato pelo 0800 647 7363.
Queimadas urbanas devem ser denunciadas na prefeitura do município da ocorrência, nas Secretarias Municipais de Meio Ambiente ou Defesa Civil municipal.
