O delegado Caio Fernando Albuquerque, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá, representou ao Poder Judiciário pela conversão da prisão em flagrante para preventiva do homem que matou a ex-companheira.
Edésio Alves de Assunção, de 50 anos, atacou Josilaine Maria Gomes dos Reis, de 31 anos, na frente de três crianças.
A mulher foi atacada pelo ex-companheiro com uma faca e sofreu lesões profundas no tórax, braço e costas. Josilaine foi encontrada dentro do banheiro de seu quarto. O autor do crime foi localizado sujo de sangue em outro quarto da residência, com uma lesão no tórax. Aos policiais militares que estiveram no local, Edésio confessou que havia matado a ex-companheira.
Conforme a apuração da equipe da DHPP junto a familiares de Josilaine, o autor do crime arrombou a porta da residência e surpreendeu a vítima, a atacando na presença dos três filhos dela, um inclusive é filho dele. Josilaine estava dormindo quando sofreu os primeiros golpes, que terminaram dentro do banheiro.
Após cometer o crime e também atentar contra a própria vida, Edésio pediu às crianças que fossem até um vizinho para avisar o que ele havia feito.
Relacionamento conturbado
Os policiais civis apuraram ainda que a vítima não desejava mais continuar o relacionamento e havia dito ao agressor na véspera do crime, por telefone, que faria um pedido de medida protetiva contra ele.
Recentemente, em uma postagem em rede social, a técnica de enfermagem desabafou: “Brasil que eu quero para o futuro é onde uma mulher pode terminar sim um relacionamento, sem ser agredida! Ninguém é dono de ninguém!”.
As agressões e ameaças eram constantes e mesmo após denúncias, continuavam. Em uma ocasião, enquanto Josilaine se recuperava de uma cirurgia, foi agredida, o que causou rompimento dos pontos. O ex-companheiro a vigiava constantemente, inclusive criando perfis falsos em rede social.
Mas Josilaine estava decidida pelo fim do relacionamento e disse a familiares que mesmo estando próximo de seu aniversário, não faria comemoração, diante das constantes ameaças e perseguições sofridas do ex-companheiro.
“Há sólidos indícios do crime de feminicídio, acrescido da causa de aumento de pena por ser praticado na presença dos três filhos da vítima e com recurso que impossibilitou a defesa”, apontou o delegado.
Edésio está hospitalizado, sob custódia policial, e será ouvido em depoimento quando receber alta médica.
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(Com assessoria de imprensa)