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Pandemia: Entidades do comércio são a favor de punições severas a empresários

Elas discordam, no entanto, de um novo lockdown, já que dias de "folga" incentivariam festas e reuniões com mais aglomeração que no trabalho

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Pandemia: Entidades do comércio são a favor de punições severas a empresários
(Foto: Ednilson Aguiar / arquivo / O Livre)

Nove entidades ligadas ao comércio se posicionaram favoravelmente, nesta segunda-feira (1º), à intensificação das medidas de isolamento social por conta do agravamento da pandemia em Mato Grosso.

Em uma nota, assinada em conjunto, Fecomércio, FCDL, CDL Cuiabá, CDL Várzea Grande, ACC Cuiabá, ACC Várzea Grande afirmam concordar com medidas mais rígidas para se conter a covid-19, bem como a punições para quem não cumprir as regras de biossegurança.

No dia em que o prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro encaminhou para a Câmara um projeto de lei com penalidade mais severas aos comerciantes, as instituições que representam os empresários disseram entender que a punição se faz necessária.

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Para os líderes do setor, passado um ano de pandemia, não se pode mais falar em desconhecimento das medidas necessárias, uma vez que elas foram massificadas pelos canais de comunicação.

“Somente com ações enérgicas, eficientes e punitivas de fiscalização e penalização teremos efeitos positivos na correção de tais desvios. Não podemos sacrificar que tem consciência, quem investiu e quem de fato se preocupa, pela ação de alguns poucos que teimam em ‘viver’ como se nada estivesse acontecendo. Somos parceiros na fiscalização e apoiamos medidas duras”, diz trecho da nota.

Mantendo portas abertas

As entidades defendem, no entanto, que as portas do comércio possam continuar abertas. O argumento é crescente desemprego no país e os atrasos e inadimplências que os dias de lockdown provocaram.

O entendimento é que o toque de recolher, entre 24h e 5h, já atenderia ao propósito de reduzir com as aglomerações.

Com relação ao isolamento social, as entidades acreditam que apenas uma pequena parcela da população mantém a medida nos períodos em que não está trabalhando.

Em outras palavras, os representantes dos empresário acreditam que a paralisação das atividades econômicas, na realidade, acaba incentivando “atividades em família ou em grupos como reuniões festivas, jogos de futebol, passeios, entre outras”.

As entidades ainda dizem que apoiam o aumento da frota de ônibus, o que diminuiria o risco no momento de locomoção dos trabalhadores.

Leia nota na íntegra:

COVID 19 em Mato Grosso

As Entidades Representativas das atividades comerciais, industriais e de serviços, abaixo nomeadas, fazem as seguintes considerações e propostas para avaliação dos órgãos executivos, legislativos e judiciários do Estado de MT e seus Municípios sobre medidas a serem tomadas visando a diminuição da curva contaminação da pandemia COVID 19:

Paralização das atividades e, ou redução de tempo de funcionamento:
A exceção de pequena parcela da população que tem consciência da sua responsabilidade e de fato fica em casa, para a maioria aumenta o tempo ocioso estimulando atividades em família ou em grupos como reuniões festivas, jogos de futebol, passeios, entre outras, proporcionando oportunidades de contaminação ao contrário do ambiente de trabalho onde é oferecido um ambiente seguro pelas empresas.

Leva a redução do faturamento das empresas com suas consequências: desemprego, atraso e inadimplência com fornecedores, União, Estado e Município.

Porém, apoiamos e somos solidários a ações que venham restringir e não fechar as atividades dentro de parâmetros que garantam o funcionamento. Nossa proposta sobre possível toque de recolher: de 24:00has às 5:00hs

Campanha de conscientização:
Nossas entidades, a União, o Estado e os Municípios, disponibilizaram e continuam atuando de forma a orientar empresários, colaboradores e a população com cartilhas, cursos, vídeos, lives, sobre a implantação de todas as medidas de biossegurança necessárias para garantir uma atividade segura.

Não há, em nosso entendimento, ninguém que possa alegar desconhecer o que fazer para se cuidar.

UTIs e vacinação:
É imperioso que se disponibilize mais UTIs e aumente a velocidade de vacinação.

Estamos a disposição para contribuir com estas ações junto aos executivos, com parcerias para compra de vacinas, locais de vacinação e colaboradores se necessário para áreas administrativas.

Fiscalização, policiamento e multas:
Mesmo com um número trágico de mortes e internações, em torno de 93,5% da população não tem COVID, ainda, fazendo com que alguns negligenciem os males da doença e consequentemente não contribuam nem individualmente e nem coletivamente com redução da velocidade de contágio.

Somente com ações enérgicas, eficientes e punitivas de fiscalização e penalização teremos efeitos positivos na correção de tais desvios.

Não podemos sacrificar que tem consciência, quem investiu e quem de fato se preocupa, pela ação de alguns poucos que teimam em “viver” como se nada estivesse acontecendo. Somos parceiros na fiscalização e apoiamos medidas duras contra os que teimam em desrespeitar medidas de contenção.

Gargalos a serem minimizados:
Há que se ter um esforço maior na disponibilidade de meios de locomoção da população. Aumento da frota de ônibus, campanha e até subsídios junto aos Apps de transporte privado e empresas de taxi.

Cobrar com mais eficiência ações dos bancos oficiais para diminuição de filas e aglomerações em suas agências.

Apoiamos utilização consciente dos meios de transportes como determinação de capacidade e disponibilização de 100% da frota.

Eventos:
Setor mais prejudicado desde o início da pandemia. Permitir a realização de eventos controlados que adotem todas as medidas de biossegurança exigidos pela legislação e que tenham autorização prévia do poder público para sua realização.

Finalmente é preciso que fique claro e transparente que nossas Entidades apoiam as ações de contenção e estamos prontos a colaborar no que for necessário, como representantes da atividade empresarial e, antes como cidadãos, não estamos defendendo interesses financeiros, estamos ao lado dos governos em busca de soluções que minimizem os impactos da pandemia preservando vidas, empregos e sofrimento”.

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