Cuiabá terá apenas metade dos ônibus em circulação nesta sexta-feira (14). Motoristas do transporte coletivo da Capital resolveram aderir à paralisação nacional contra a Reforma da Previdência, proposta pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL).
De acordo com o presidente do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores do Transporte Coletivo, Ledevino da Conceição, dos 600 motoristas que atuam na Capital, 300 se manterão rodando normalmente ao longo do dia.
O efetivo de 30% – que deve ser mantido em caso de greve – não seria o suficiente para atender, sem mais transtornos, a demanda da capital, segundo Ledevino. “Ou a gente parava tudo ou optava por deixar metade dos trabalhadores atuando. Foi o que decidimos fazer”, disse o sindicalista.
Além de ser contrário ao projeto de reforma da Previdência, o sindicato é contra o bloqueio de recursos promovido pelo governo federal para o setor da educação, em especial o ensino superior.
“A causa é justa. Nós estamos batalhando para ver se mantém a aposentadoria dos trabalhadores com mais dignidade e protestando contra o corte na educação, porque vai ficar difícil para o trabalhador que não consegue pagar uma universidade particular”, explicou Ledevino.
Paralisação
A Associação Mato-grossense dos Transportadores Urbanos (AMTU) informou que já foi comunicada oficialmente sobre a decisão do sindicato e que é de inteira responsabilidade do sindicato que a paralisação seja previamente informada à população.
Na segunda-feira (10), as ruas de Cuiabá amanheceram sem ônibus, mas por outro motivo. A paralisação de 100% da frota ocorreu por conta de um atraso no pagamento dos salários. Uma negociação entre motoristas e empresários ocorreu no mesmo dia e por volta das 14h metade dos veículos voltaram a circular. A frota completa voltou às ruas por voltadas 17h.