O motorista de aplicativo Gleidison Leite Sampaio, de 39 anos, foi encontrado morto e seu corpo com sinais de de tortura em um quarto de hotel na BR-364, no Distrito de Olho D’água, próximo a Cuiabá.
Desaparecimento
Gleidison havia recebido uma chamada para uma corrida de aplicativo de transporte quando ainda estava em casa, em Primavera do Leste (240 km de Cuiabá), por volta das 18h40 da segunda-feira (27).
A esposa dele estava próxima e viu o momento em que ele recebeu o chamado. Desde que saiu de casa, ela não teve mais notícias e não conseguiu mais falar com o marido por telefone.
Por isso, na terça-feira (28), por volta das 11h20, ela procurou a polícia para registrar um boletim pelo desaparecimento do esposo.
Encontrado em hotel
Por volta das 14 horas dessa terça-feira (28), o corpo de um homem foi encontrado no quarto de um hotel no KM 373 da BR-364, no Distrito de Olho D’água.
Uma equipe da Polícia Militar foi enviada ao local e ouviu o proprietário do hotel, que contou que na noite da segunda-feira (27) três pessoas, dois homens e uma mulher, foram até o estabelecimento e pediram um quarto para dormir.
Após alguns minutos, eles saíram dizendo que iriam buscar um amigo que estava com problemas na motocicleta. Eles voltaram 10 minutos depois, com Gleidison.
Imagens das câmeras do hotel flagraram a chegada dos três suspeitos e, depois, a chegada deles com a vítima. Todos entraram no quarto por volta de 0h40.
Na terça-feira (28), por volta de 12 horas, estranhando que ninguém havia saído do quarto, o gerente resolveu abri-lo usando a chave reserva.
Ao chegar no banheiro, ele encontrou o corpo de um homem com as mãos e os pés amarrados e uma toalha amarrada no rosto suja de sangue. A Polícia Militar foi acionada imediatamente.
Tortura
A Polícia Judiciária Civil de Santo Antônio de Leverger (35 km de Cuiabá), a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) e o Instituto Médico Legal (IML) foram acionados.
Segundo a PJC, Gleidison apresentava claros sinais de tortura. Ele foi encontrado amordaçado, com os braços amarrados para trás com cordas, as pernas amarradas com cordas na altura dos tornozelos e um pedaço da orelha direita arrancada.
A PJC e a Politec deram início às investigações do caso. Imagens das câmeras de segurança mostraram que um dos suspeitos, aparentemente, usava tornozeleira eletrônica, o que poderá auxiliar na identificação deles.
O caso está sendo investigado como homicídio doloso e roubo seguido de morte.