A juíza Cláudia Anffe Nunes da Cunha, da 2ª Vara da Comarca de Campo Novo do Parecis (400 km de Cuiabá) manteve a prisão de Cícero Leandro de Brito Silva, acusado de matar Leandro Alves Teles. Para a magistrada, a “eventual liberdade pode colocar em risco a ordem pública, inclusive a integridade física e psicológica de testemunhas.”
O crime aconteceu no dia 16 de outubro deste ano, por volta do meio dia. De acordo com as investigações, Cícero viu a companheira estacionando o carro ao ir ao banco. Depois, a vítima se aproximou da mulher. Diante da suspeita de que a esposa o estava traindo, decidiu matar o rapaz.
Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que Leandro tenta fugir de Cícero, mas é alcançado e golpeado, até a morte. O autor do homicídio foi preso no mesmo dia. A mulher dele, fugiu da cidade por medo. Conforme as investigações, não havia caso extraconjugal entre a vítima e a companheira de Cícero.
O Ministério Público Estadual (MPE) denunciou Cícero por homicídio qualificado pelo motivo torpe, praticado por meio cruel que impossibilitou ou dificultou a defesa da vítima. A denúncia foi acatada pela Justiça.
Prisão mantida
Na decisão publicada no Diário Oficial desta segunda-feira (29), Cunha avaliou que apesar de Cícero ter elementos a seu favor, com por exemplo, não ter outro registro policial, possuir residência fixa e emprego lícito, não são suficientes para a liberdade ou para a determinação de outras medidas cautelares.
A justificativa, frisou a magistrada, é a gravidade do crime praticado. “[…] o modus operandi do crime apurado no bojo destes autos revela sua periculosidade, de modo que eventual liberdade pode colocar em risco a ordem pública”, destacou.
Audiência de instrução
A decisão definiu ainda a data para a audiência de instrução do caso. A oitiva de testemunhas, acusados, entre outros convidados, acontecerá no dia 7 de dezembro, às 15h.