O presidente do Hospital Militar de Cuiabá, o coronel da reserva Ricardo Almeida Gil, confirmou nesta segunda-feira (21) que a unidade de saúde voltou a alugar o espaço do centro cirúrgico para operações da empresa “Plástica Para Todos”. Até o momento, nenhum novo procedimento foi realizado, mas a empresa já pode usar a unidade.
A locação foi suspensa por 48 horas desde a morte da paciente Ediléia Daniele Ferreira Lira, de 33 anos, que foi submetida a uma cirurgia de lipoaspiração no último domingo (13). Ela teria morrido por complicações após a cirurgia. Gil diz que duas semanas antes o local foi vistoriado pelo Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) que atestou a segurança do HM.
“Estamos falando de um conselho que é o mais eficaz nesse tipo de fiscalização, o que mais fiscaliza no país. A locação foi suspensa para que a polícia e o Instituto Médico Legal (IML) pudesse fazer toda avaliação necessária, mas agora tudo voltou ao normal”, ressaltou o coronel. Até o momento nenhuma plástica foi realizada.
O contrato é firmado entre a empresa Plástica Para Todos, o paciente e a direção do hospital onde a cirurgia vai ser realizada. “É o paciente que escolhe onde ele vai ser operado”, explica o militar. A empresa, com sede em Belo Horizonte, já atestou que vai continuar trabalhando em Mato Grosso mesmo após o episódio.
O advogado especialista em Direito Médico, Alex Cardoso, que responde pela empresa, informou nesta segunda-feira que encaminhará documentações sobre o trabalho do “Plástica Para Todos” ao CRM de Mato Grosso e ao CRM de Minas Gerais. Em Cuiabá, o Conselho já notificou a empresa de que fará uma “constatação” na filial regional.