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Homicídio qualificado: MP oferece denúncia contra policial bolsonarista que matou tesoureiro petista no Paraná

Promotoria considerou a motivação fútil e o fato do acusado ter colocado outras pessoas em risco

2 minutos de leitura
Homicídio qualificado: MP oferece denúncia contra policial bolsonarista que matou tesoureiro petista no Paraná
(Foto: Divulgação)

O Ministério Público do Paraná ofereceu denúncia contra o policial Jorge Guaranho, que matou um guarda municipal e tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT), Marcelo Arruda. O crime aconteceu enquanto a vítima comemorava seu aniversário de 50 anos no dia 9 de julho, em Foz do Iguaçu (PR).

Assinada conjuntamente pelo núcleo local do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pela 13ª Promotoria de Justiça da comarca, a denúncia considera as qualificadoras de motivo fútil (discussão motivada por divergências políticas) e perigo comum (pelo fato de o acusado haver atirado contra a vítima em local com outras pessoas, colocando-as em risco).

A promotoria aguarda ainda a entrega de cinco laudos solicitados ao Instituto de Criminalística, que deverão ser incluídos no processo posteriormente. Caso esses laudos – que não eram imprescindíveis para o início do processo penal – apresentem fatos relevantes que possam motivar alguma alteração na denúncia, o Ministério Público poderá fazer o aditamento da peça processual. No decorrer do processo, os agentes ministeriais poderão ainda, se julgarem necessário, requerer novas diligências antes da apresentação das alegações finais.

Embora reconhecendo a evidente motivação política do crime (que caracteriza a qualificadora de motivo fútil), os promotores de Justiça responsáveis pelo processo esclarecem que não há tipificação de crime político na legislação nacional. As circunstâncias específicas do crime poderão ser consideradas para eventual agravamento da pena conforme análise do juiz que sentenciará o réu em caso de condenação.

O crime

(Foto: reprodução)

Marcelo Arruda comemorava o aniversário em uma associação, no dia 9 de julho, e a festa tinha como tema o PT e o ex-presidente Lula.

De acordo com a Polícia Civil, Guaranho estava em um churrasco quando soube da festa de Arruda. Então, foi até o local e teria chegado ali gritando e com músicas altas. O aniversariante e o policial penal discutiram, e Marcelo chegou a jogar um pouco de terra em Guaranho.

O policial penal saiu do clube, deixou a mulher e o filho pequeno em casa e retornou ao local da festa. Armado, Guaranho atirou em Arruda, que revidou e também atingiu o atirador.

Arruda chegou a ser socorrido, mas não resistiu. Guaranho segue hospitalizado.

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(Com informações da Assessoria)

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