O promotor de Justiça Roberto Turin, presidente da Associação Mato-grossense do Ministério Público (AMMP), classificou como uma “disputa de egos” a postura do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Mato Grosso, Leonardo Campos, e do desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).
Nesta sexta-feira (12), Turin enviou nota à imprensa, e ponderou que haveria conflito de interesse na participação da OAB em acompanhar três procedimentos investigatórios criminais (PICs) instaurados após notícia-crime da Ordem, sobre suposta participação de promotores no caso do grampos ilegais conhecido como Grampolândia Pantaneira.
“Está na hora de parar com a inútil disputa de egos e falas duras na imprensa, para trabalho, julgamento e, dentro da lei, provada a culpa, severa punição dos responsáveis por esse maléfico caso de interceptações telefônicas ilegais”, ponderou o promotor.
A nota foi motivada após entrevista de Leonardo Campos à rádio Capital FM, na manhã de quinta-feira (11), na qual o advogado criticou a falta de transparência do Ministério Público.
Já a conduta de Perri, que foi questionada, refere-se a uma decisão na qual o magistrado indeferiu pedido do MPE para desmembrar os procedimentos investigatórios da notícia-crime. No despacho, Perri alegou que o Ministério Público estaria querendo “investigar às escuras”, e afastar ele e a OAB do caso.