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“Eu não tenho medo do Ministério Público”, afirma Mauro Savi

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“Eu não tenho medo do Ministério Público”, afirma Mauro Savi

Ednilson Aguiar/O Livre

Deputado Mauro Savi

“Àqueles que metem medo esqueçam pois vou pela minha convicção”, desafiou o parlamentar

O deputado Mauro Savi (PSB) evitou responder publicamente às acusações de que é alvo depois da deflagração da Operação Bereré, na última segunda-feira (19). Savi disse não ter medo do Ministério Público Estadual (MPE) durante sessão da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), na manhã desta terça-feira (20). 

O parlamentar é apontado pelo MPE como alguém que exercia verdadeiro domínio sobre o esquema no Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT). O dinheiro desviado alimentou as campanhas eleitorais do ex-governador Silval Barbosa e do próprio Savi (PSB). Ambos teriam recebido R$ 750 mil em espécie.

“Foi me perguntando essa semana se eu ia ficar à frente da CPI pela questão da busca e apreensão na minha casa, eu quero deixar bem claro àqueles que estão de plantão, torcendo: eu não tenho medo nem desta CPI nem do MP e vou continuar, sim, à frente, votando com as minhas convicções, respeitando a todos, mas sem medo nenhum”, afirmou o deputado, ao tergiversar sobre as acusações.

Com o tom de aparente tranquilidade, Mauro Savi fazia referência principalmente à Comissão Parlamentar de Inquérito instalada em 2015 – e que se arrasta até hoje – para investigar emissão de cartas de créditos aos procuradores e promotores do Ministério Público.

“Estou no quarto mandato de deputado, nada me assusta e vou responder pelos ‘disques’ e pelos ‘achos’ dos delatores na Justiça e se tiver que responder a vocês, eleitores, será nas urnas. Agora aqueles que metem medo, esqueçam pois vou pela minha convicção, se tiver que votar aqui dentro investigação do governador, de quem quer que for eu vou assinar assim sem medo nenhum”, finalizou ele.

Operação Bereré

Deflagrada no dia 19 de fevereiro deste ano, a Operação Bereré apura a existência de um suposto esquema de corrupção que funcionava no Departamento Estadual de Trânsito (Detran/MT).

O dinheiro teria sido desviado por meio do contrato entre o Detran e a FDL Serviços de Registro, Cadastro, Informatização e Certificação de Documentos Ltda., empresa contratada para registro de financiamentos de veículos. A licitação do serviço foi direcionada para a FDL e a empresa superfaturava os valores das taxas de financiamento.

O Ministério Público Estadual (MPE) diz que o retorno em forma de propina era de 30% do valor faturado pela FDL. Segundo a denúncia, esse dinheiro era repassado à empresa fantasma Santos Treinamento e Capacitação de Pessoal Ltda. O papel da empresa seria lavar o dinheiro da propina e distribuir aos beneficiários.

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