Com uma lanterna colorida em LED ao lado de uma torre de batatas quentinhas complementadas com camadas de muito queijo, calabresa, carne e salada, passeia pela praça de alimentação do Parque das Águas um garçom uniformizado e ágil ao atender as mesas.
Nossa equipe, logo após localizar o box, pergunta por Walter Kawakara, de 49 anos, proprietário responsável pelo sucesso do negócio familiar, já com nove meses e diversas opções de batata frita que servem até cinco pessoas.
O proprietário, que nasceu em Dom Aquino, no interior de Mato Grosso, veio de uma família de camponeses japoneses e nos contou que, após se formar na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), morou dois anos no Japão e, desde então, passou a encarar seu trabalho de forma diferente.
“No Japão percebi como eu poderia ser mais produtivo, trabalhando com mais qualidade, organização, limpeza e produtividade. Coloquei, antes da minha volta ao Brasil, que para ser bem sucedido em qualquer ação que desenvolvesse eu precisaria me diferenciar dos demais”, afirmou Kawakara.
Hoje, o negócio especializado em batatas fritas é o mais novo desafio. Além do Batata Tower, o engenheiro presta serviço com gerenciamento técnico, há 21 anos, em uma empresa de médio porte em Cuiabá e tem uma empresa no ramo de design de produtos, onde cria e desenvolve estruturas feitas a laser.
“Quando me ofereceram este espaço no Parque das Àguas, me atrai pela ideia antes de saber o que montaria aqui. Como também trabalhei de forma voluntária nas obras deste lugar [Parque das Àguas], eu e outras pessoas o temos como um ‘filho'”, contou, apontando para as fontes, a medida dos tubos, bombas e outras partes de estruturas técnicas do local.
O empresário contou que a equipe do bar, que é totalmente formada por familiares, é parte importante para o negócio dar certo, pois tratam cada etapa do processo com muito cuidado e carinho. Kawakara, além da esposa Sueli, também conta com a ajuda de um filho, que está se graduando em gastronomia, e diz que são eles que cuidam do negócio a maior parte do tempo.
Saborosa e rentável
A Batata Tower, segundo ele, é inspirada em viagens feitas pela China, Hon Kong, Dubai, toda a América do Sul, Zurique e Alemanha. Em sua vida como engenheiro, Walter se especializou torres de telecomunicações, torres de energia, torres em acrílico e mdf. Ao mesclar essa experiência com o conhecimento em design, o resultado foi a já famosa torre de batatas.
“Nós precisávamos de um produto que fosse suficientemente rentável para que o negócio sobrevivesse e, por isso, pensamos em algo que também fosse competitivo e diferenciado. Analisando a gastronomia japonesa, percebemos que a partir do arroz se cria uma excelente e delicada apresentação: nele se insere algas, peixe ou verduras – e isso faz com que as pessoas comam com os olhos, sem deixar de lado o zelo pela qualidade do produto”, explicou.
Além da torre de batatas, que tem opções de batata e queijo, batata, queijo e calabresa, batata, queijo calabresa e carne [servidas em uma caminha de salada], também há cones, porções e outras iguarias, para quem quiser provar antes ou após a caminhada no parque.
Apesar dos vários testes que foram feitos, desde a escolha das batatas, temperatura, corte de calabresa, carnes e outros ingredientes, o maior termômetro é o cliente. Sempre aceita críticas construtivas e diz que, apesar de as pessoas sempre voltarem para elogiar o sabor, atendimento ou a apresentação, diz que está disposto a melhorar.
