Não sou de inventar subterfúgios para chegar a algum ponto. Com discrição e atitude acabo sempre me posicionando com relação aos temas que tenho pelo menos, o mínimo conhecimento.

A Juíza Selma Arruda povoa o imaginário de quem pensa na justiça como um bem palpável, uma posição possível de se atingir. Desde que a conheci, no entanto, sinto que justiça tem lhe virado às costas, numa demonstração clara que dedicação, estudos, coragem não são necessariamente conteúdos valorizados quando se entra no mundo do judiciário.

No bojo do que vi arremessarem contra ela, sobram atitudes que envolvem sentimentos como ciúme, inveja e tentam inclusive, desde a estreia na política vergar, os rigorosos pilares que a sustentam. Para iniciar na vida política, enfrentou a instabilidade de uma segurança armada, ora mantida, ora retirada pelo Tribunal de Justiça. Dobrou o medo e enfrentou a estrada na maioria das vezes, acompanhada apenas pelo marido e poucos assessores. Quando restabeleciam a segurança, visitava municípios mais distantes.

Questionaram o salário, a aposentadoria, a segurança, o registro da candidatura, impediram Selma Arruda de ser chamada de juíza, sua profissão.

A maioria das respostas foram compostas pelo desempenho impressionante da candidata diante do eleitor que a abordava para um abraço, um elogio, uma palavra de esperança. Com o povo, a empatia deu-se sem remendos, sem máscaras. Era a juíza dura que distribuía abraços e dava entrevistas que, unanimemente viravam polêmicas.

A imprensa cobrou muito, desdobrou-se em conjecturas irreais, mas enfim, narrou os momentos de pré campanha e campanha propriamente dita.

O mundo da justiça ficou assombrado, começou a ver vultos e ameaças por toda parte. Armou-se em conluios para destruir aquela que saiu lá de dentro, ameaçando reestruturar o sistema judiciário e incentivar a investigação dos próprios colegas de toga.

Ela venceu no voto, porém, nem mesmo os 678.542 mil votos acalmaram a ira dos homens de preto. (aqui vale para políticos e juízes) e a saga da perseguição continuou, implacável!

Tentaram impedir a sua diplomação. Foi diplomada.

Tentaram impedir sua posse. Foi empossada.

No Senado Federal abraça causas fortes como a proposta relatada na Comissão de  Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) ampliando e dando agilidade na aplicação das medidas protetivas para mulheres vítimas de violência; defende bandeiras polêmicas como quando intercedeu pelo colega senador Jorge Kajuru quando este foi ameaçado por um Ministro; defende a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar ilegalidades no Poder Judiciário (CPI Lava Toga). Em suma,  é membro titular de 08 comissões (Assuntos Sociais, Constituição Justiça e Cidadania, Ciência e Tecnologia, Direitos Humanos, Desenvolvimento Regional e Turismo, Infraestrutura, Agricultura e Reforma Agrária, Transparência e Defesa do Consumidor e da CPI de Brumadinho.

Além disso, não falta às sessões do plenário, atende audiências no gabinete, rege um time coeso com firmeza e determinação.

Tentam tomar-lhe o cargo. Olha para o alto, para a frente, segue senadora.

Com tantos apoios recebidos a senadora enche-se da certeza de que tem compromisso    com os 3,4 milhões de mato-grossenses.

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