Judiciário

Deputado acusa Taques de interferir na escolha do juiz para o lugar de Selma

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Deputado acusa Taques de interferir na escolha do juiz para o lugar de Selma
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

O deputado estadual Zeca Viana (PDT) denunciou, na noite desta quarta-feira (11), a demora na sucessão da 7ª Vara Criminal de Cuiabá. Na tribuna da Assembleia Legislativa, o parlamentar afirmou que já está tudo pronto para a juíza Ana Cristina Silva Mendes suceder a ex-juíza Selma Rosane Arruda (PSL), que se aposentou para ser candidata nas eleições deste ano. Porém, segundo o deputado, o processo foi retirado novamente da pauta do Tribunal de Justiça (TJ) nesta quarta.

Zeca disse que viu influência do governador Pedro Taques (PSDB) sobre o presidente do TJ, o desembargador Rui Ramos, para atrasar o processo. Desse modo, segundo o deputado, o governador estaria tentando escolher o juiz que responderá pela vara, onde tramitam processos de organizações criminosas, incluindo casos de corrupção. Atualmente, a 7ª Vara está sob responsabilidade do juiz Marcos Faleiros, que foi duramente criticado por Selma, que o acusou de absolver facilmente.

[featured_paragraph]“Qual a interferência que está acontecendo com esse presidente que ele está deixando os outros desembargadores indignados? Será que existe uma pressão do Poder Executivo? Será que o Tribunal agora está de joelhos com esse governador, que é o todo poderoso? Ou ele quer escolher alguém para colocar lá para depois julgar os processos dele? Por que ele vai ter muitos. Já tem muitos”, disparou Zeca.[/featured_paragraph]

O deputado também cobrou de Rui Ramos uma justificativa para a demora no processo. “Está deixando os próprios desembargadores em situação constrangedora. O desembargador tem que manter a independência da Justiça. Se o TJ cair na mesma situação que esta Casa e se tornar um puxadinho do governo, e não confiarmos mais na justiça…”

O deputado destacou que, nas eleições de 2014, quando se elegeu governador, Taques teve atritos com a juíza Ana Cristina, que atuava no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). “Ele teve uma indisposição com essa juíza nas eleições de 2014. Ela era do TRE e ele disse que ela estava a serviço de algumas candidaturas, só porque o marido dela trabalhava na Assembleia. Então ele sabe que vai sofrer as consequências”, disse Zeca.

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