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Denúncias de irregularidades chegam com pedido de anulação do concurso da Segurança Pública

Deputada Janaina Riva (MDB) fez solicitação ao Governo de Mato Grosso. Ministério Público também investiga mais de 30 queixas

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Denúncias de irregularidades chegam com pedido de anulação do concurso da Segurança Pública
Foto: Reprodução

Relatos de irregularidades durante as provas do concurso para preencher vagas da Segurança Pública em Mato Grosso podem resultar na anulação do processo seletivo. Esse, pelo menos, é o pedido da deputada estadual Janaina Riva (MDB) em um documento  protocolado na manhã desta terça-feira (22) junto à Casa Civil.

As provas foram aplicadas no domingo (20) para cargos das Polícias Civil e Militar, Bombeiros e Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).

Conforme as denúncias recebidas pela parlamentar, há candidatos que pagaram as inscrições, mas foram excluídos da lista de divulgação do local de prova; não havia coletor de digitais para identificação dos candidatos; pessoas com equipamentos eletrônicos teriam sido flagradas nas salas e banheiros; houve vazamento de fotos da prova e dos candidatos em sala e, também, número insuficiente de fiscais.

Em outros relatos, candidatos contaram que, no domingo pela manhã, a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) publicou em seu site uma ratificação do endereço de um local de prova. A informação teria sido divulgada às 10h58, sendo que a prova estava prevista para iniciar às 15h. Segundo o comunicado, fiscais estariam no local para orientar os candidatos ao endereço correto.

Em uma das ocorrências registradas, a própria Polícia Judiciária Civil (PJC) prendeu quatro pessoas que tentavam fraudar o certame, em Cáceres.

O Ministério Público de Mato Grosso confirmou que a Ouvidoria do órgão recebeu mais de 30 denúncias, que serão encaminhadas para análise do Núcleo de Promotorias da Cidadania.

Pedido de anulação

No documento encaminhado à Casa Civil, Janaina Riva destaca que os apontamentos não podem ficar sem a devida apuração e punição diante da seriedade que pesa sobre o contratante da realização do concurso.

A parlamentar sugere ainda que, caso sejam comprovadas as denúncias, o concurso seja anulado e uma nova data marcada para correção das falhas, sob pena de descredito ou, até mesmo, questionamentos jurídicos.

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O que dizem a Sesp e a UFMT?

A Secretaria de Estado da Casa Civil informou que o posicionamento deve ser feito pela Segurança Pública (Sesp), a Pasta responsável pelo certame.

A Sesp afirmou que não recebeu qualquer denúncia formalizada quanto a fraudes no concurso. Contudo, frisou que os registros no dia da prova foram investigados pelo Núcleo de Inteligência da PJC e resultaram nas prisões em Cáceres.

A Pasta argumentou que, embora seja a responsável pela realização do certame, contratou a UFMT para a execução da seleção, incluindo a realização da prova. Portanto, os questionamentos devem ser feitos à instituição.

Procurada pelo LIVRE, a UFMT ainda não se posicionou. O espaço segue aberto para os esclarecimentos.

(Com Assessoria)

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