Apesar do governo Federal ter autorizado a compra de vacinas contra covid-19 pela iniciativa privada direto dos fabricantes, via Medida Provisória assinada pelo presidente no dia 17 de junho, a baixa procura na rede pública desestimula a disponibilização para venda nas clínicas privadas.
Um dos motivos é a mudança da realidade e da oferta do produto. Em 2021 somente a rede pública podia comprar os imunizantes por conta da alta demanda e pouca produção, o que difere dos dias atuais em que não há mais escassez da vacina contra a covid-19.
Segundo a diretora executiva da rede Saúde Livre de clínicas de Vacinas, Rosane Argenta, a expectativa é que no segundo semestre haja mais empresas vendendo o imunizante que não da Pfizer e da AstraZeneca e assim como de outras marcas.
Ela acredita que com o tempo, haverá mais disponibilidade do produto e o valor será mais acessível do que o atual. “Vamos aguardar o segundo semestre para começarmos a oferecer o imunizante para quem tiver interesse e na marca que desejar”, explica Rosane.
Autorização para venda
A medida é decorrência do fim do Estado de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin), decretado em função da pandemia de covid-19 no Brasil. De acordo com a Secretaria-geral da Presidência, a medida não trará prejuízos ao Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação.
O órgão justifica que a vacinação no país atingiu doses suficientes para contemplar 100% dos grupos prioritários. Além disso, o Ministério da Saúde mantém contrato com a Pfizer para compra de 100 milhões de doses e a possibilidade de compra adicional de 50 milhões.
(Com informações da Assessoria)