Por Rogério Panhoca
De repente a cloroquina, grande representante das 4-aminoquinolinas, amplamente utilizada e comercializada no tratamento de doenças parasitárias e reumatológicas, desenvolvida durante a segunda grande guerra para tratamento da malária, e principalmente seu derivado, a hidroxicloroquina, passaram a ser vistos como terríveis moléculas cardiotóxicas, hepatotóxicas, causadores implacáveis de cegueira e surdez, um verdadeiro risco à saúde publica, risco maior que a própria covid19?
Será que o Brasil e a ciência brasileira perderão a chance de ser protagonistas no mundo? Inovando com politicas públicas voltadas ao enfrentamento da covid 19 no estágio 1 (inicial) da doença e não somente na construção de leitos, respiradores hospitais , UTIs e isolamentos horizontais com consequências econômicas imprevisíveis.
Será que essa síndrome de Bordeline tupiniquim nos fará dar mais crédito num anticorpo monoclonal caríssimo (Tocilizumab), ao antiviral (Atasanavir , Remdesivir) ou ao antiparasitário (nitaxozamida), entre outros medicamentos parcamente testados, ao invés da barata, histórica, largamente utilizada e compreendida hidroxicloroquina???
Precisamos, sim, assumir esse papel de protagonismo no mundo e na ciência; precisamos assegurar segurança jurídica indubitável ao médico prescritor, capacitar os paramédicos a ajudar na identificação rápida do covid 19 nos seus primeiros dias de sintomas.
Vamos deixar de ser o reboque para ser a locomotiva mundial no combate a pandemia da Covid 19.
E tem que ser logo!!!!
Isso é o que eu penso hoje!
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Rogério Panhoca (CRM 61547) é médico otorrinolaringologista e OHB
Colaborador do grupo Docentes Pela Liberdade