Caminhoneiros de Mato Grosso não aderiram ao movimento nacional de paralisação do transporte de cargas prevista para esta segunda-feira (1º).
A manifestação foi convocada pelo Conselho Nacional de Transportes Rodoviários de Cargas (CNTRC) na semana passada, em cobrança de medidas como revisão de frete, imposto sobre combustível e aposentadoria.
O Sindicato dos Transportadores Autônomos de Bens de Mato Grosso diz, no entanto, que não há condições de paralisar o transporte de cargas e fechar rodovias pelo país em um momento de pandemia e mortes diárias pela covid-19.
“Não há clima nenhum para greve, não é o momento. Somos contra qualquer tipo de paralisação agora. Mais de 200 mil pessoas já morreram [na pandemia] e não é momento para paralisar o país”, disse o presidente do sindicado, Roberto Costa.
Em vídeos que circulam por redes sociais, caminhoneiros dizem que a orientação de greve é uma “manobra política” para desgastar a imagem do governo. Alguns dizem que a situação se mantém a mesma de 2018, quando a greve paralisou o transporte por 10 dias, “mas vamos ter que esperar isso tudo passar para cobrar o governo”.
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A Polícia Rodoviária Federal (PRF) disse que, até o momento, não registrou ocorrência de bloqueio de rodovias em manifestação de caminhoneiros. O tráfego na BR-163, a maior pista federal que corta Mato Grosso, estaria normal.
As entidades empresariais, como a Aprosoja-MT e o sindicato das transportadoras, também afirmaram o movimento segue sem interrupção.