Ednilson Aguiar/O Livre

governador Pedro Taques

O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado Eduardo Botelho (PSB), ainda não digeriu a operação que levou policiais e investigadores até a sua casa na última segunda-feira (19).

Ele foi acusado de participar em um esquema que desviou recursos do Detran-MT ao longo dos anos em que Teodoro Lopes, o Dóia, presidiu a autarquia, no governo de Silval Barbosa (MDB).

Em conversas recentes, ele narrou um fato que resumiu o seu pensamento a respeito da operação. Ele teria ido até os promotores responsáveis pela Bereré se queixar que os saques que ele fez de sua conta corrente, e que constam nos documentos da investigação como indícios de lavagem de dinheiro, não seriam o suficiente para configurar uma operação dessa natureza.

A resposta que ele contou ter ouvido seria: procure a Cira (Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos). A Cira é a entidade responsável por buscar verbas perdidas em desvios de dinheiro do Estado e está subordinada diretamente ao governador, via Secretaria da Fazenda. Foi o estopim. Para Botelho, Taques foi o culpado pela operação.

A percepção do presidente da AL traz consequências diretas para o estado como um todo. No meio da crise que a administração pública vive, o duelo pode levar à paralisia das ações do estado.

A culpa pode até ser de Taques. Ou do próprio Botelho. Ou da Cira. Mas as consequências cairão no colo da população, que não deve sentir melhoras no seu cotidiano nos próximos meses devido aos conflitos que podem escalar entre os poderes.

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