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“Aquecimento global é farsa para mascarar interesses geopolíticos”, diz o climatologista Ricardo Felício

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“Aquecimento global é farsa para mascarar interesses geopolíticos”, diz o climatologista Ricardo Felício

Ele defende que o aquecimento global não passa de uma farsa para mascarar interesses geopolíticos. Cético, o paulista Ricardo Augusto Felício, professor de geografia da USP e climatologista, foi o convidado da edição de 2019 do Circuito Universitário, promovido pela Aprosoja-MT.

Felício ficou conhecido por fazer parte de um movimento considerado “negacionista” por estudiosos que seguem outra linha de pensamento, o qual ele refuta com veemência. “Somos cientistas céticos. Nos chamar de negacionistas é pejorativo. Usam esse termo chulo para nos difamar e nos desqualificar. Negacionismo é fazer alusão àqueles que negaram os grandes holocaustos que aconteceram no planeta”, disse.

O aquecimento global se apoia na afirmação de que temperatura do planeta está subindo e que os fatores externos causados pelo homem – como desmatamento, emissão de CO2 na atmosfera e o agronegócio – sejam os grandes responsáveis pelo fenômeno climático. Tese essa contestada pelo professor.

“As variações de temperatura são mínimas. Aproveitam de dias extremamente quentes para defender a ideia do aquecimento. Como se o aquecimento escolhesse dias alternados para dar as caras”, disse.

Sem meias palavras e voraz no que diz, o estudioso respondeu as 5 Perguntas para o LIVRE. Confira!

1 – Por que essa teoria de que o aquecimento global é uma farsa é ignorada pela mídia?

Ricardo Felício – Na verdade não é uma teoria e sim uma hipótese. Essa teoria foi lançada, mas não existem evidências que corroborem com ela, nem que, primeiro: o CO2 controla a temperatura; segundo: não há evidencias de que o CO2 controla o macroclima do planeta e, pior ainda, não conseguem trazer evidências de que a temperatura global média signifique alguma coisa em relação a climatologia.

Já se passaram 31 anos desde que surgiu o tal aquecimento global. 1/3 do século já se passou e nada aconteceu. Os termômetros não subiram sequer 1 grau. A mídia trabalha para esse sistema. Ganha dinheiro com isso. O aquecimento global se tornou uma grande indústria nos últimos 30 anos.

2 – Esse seria o motivo de não existir um apoio popular no Brasil para desmistificar o aquecimento global?

Ricardo Felício – A lavagem cerebral é feita nas escolas, com material didático totalmente comprometido e com base ideológica completa. As crianças crescem já aceitando isso como verdade no Brasil. Quando tivemos a queda do muro de Berlim, em 1989, por exemplo, a maioria dos comunistas se tornaram “verdinhos”, ou seja, ambientalistas. Veja o caso do parlamento europeu, a Ângela Merkel, é da juventude comunista, mas ainda tem parceria com o Putin porque depende do gás da Rússia para manter a Alemanha funcionando. Então os laços geopolíticos são mais profundos do que a gente possa imaginar, e o interesse de que isso seja exposto à população é zero.

3 – O quanto esse ciclo climático interfere no calendário agrícola?  Já surgiram os primeiros indícios?

Ricardo Felício – Os reflexos na agricultura já começaram. Os primeiros deles são no hemisfério Norte. O cenário geopolítico começa a ficar mais claro também. Porque os grandes líderes políticos batem de frente diretamente com o Brasil? O Emmanuel Macron está fazendo uma “treta” com o Brasil porque ele é um grande fornecedor de produtos agrícolas e não quer concorrência.

A China e os Estados Unidos sabem que irão sofrer com as baixas temperaturas já que o hemisfério Norte é primeiro a sofrer com o frio e por isso já querem garantir reserva de alimento e esse lugar é o Brasil. África não dá. Lá é uma “treta” de várias regiões brigando entre si. Brasil é uma só nação e tem uma área tropical gigantesca e dá para produzir mesmo com climas mais frios. Quando dobrar a área agrícola, iremos alimentar metade da população mundial. Isso vai acontecer por necessidade. E o real interesse do “aquecimento global” será descoberto.

Observe a postura da rainha Elizabeth – que nunca se envolve em embates – quando o parlamento britânico começou a puxar a sardinha para o Macron, ela foi lá e cancelou a sessão. Acha mesmo que ela quer “treta” com o Brasil? E são esses detalhes que passam batidos. E isso é uma coisa que o governo atual vem pecando, pois poderia construir uma narrativa com base nesses episódios e se firmar.

4 – Antes de começar a palestra, você comentou estar atônito com a demissão de uma colega sua de pesquisa. Teme que aconteça o mesmo com você?

Ricardo Felício – A minha colega de pesquisa e zoóloga Susan Crockford, que atuava como professora adjunta, foi demitida da academia de estudos ligados ao clima e aos ursos polares. Ela rebate com dados e muito estudo o fato de que a população de ursos polares está diminuindo devido ao aquecimento global. Por isso ela foi cortada, isso incomoda.

Existem muitos cientistas céticos, mas boa parte está com medo de ser revelar e defender suas teses. Estamos mexendo com poderosos. Eu já estou sentindo o reflexo por comprar a briga. Sou professor da Universidade de São Paulo e meu salário foi cortado para mil e setenta reais, depois de 10 anos lecionando. Desafio qualquer um a justificar meu corte de salário que não seja boicote.

5 – Qual argumento usar para aquele vizinho defensor do aquecimento global que manda abaixo-assinado no Facebook e levanta a bandeira ‘salvem o planeta’?

Ricardo Felício – Basta explicar de forma simples de que o homem é insignificante perante a natureza. Ao mesmo tempo desprezamos o poder que a natureza tem em se recuperar. Tudo na natureza é de proporção gigantesca. Inclusive a explosão da vida em algas, vegetação. Um dia de chuva na Amazônia e tudo começa a ficar verde. É assim que funciona a natureza. O planeta vai esquentar e esfriar e não está nem aí. A nossa escala é ridiculamente pequena. Falar que o homem controla a variabilidade do clima é ridículo.  ‘Ah, mas as cidades estão aquecendo o planeta’. Meu! olha o tamanho das cidades em relação ao planeta, é de 0,05 da superfície, não dá para computar isso com o tamanho do oceano pacifico, por exemplo.

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