Desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Rui Ramos suspendeu na quarta-feira (3) a ordem que concedia liberdade ao traficante Renildo Silva Rios, considerado detento de alta periculosidade e um dos fundadores da organização criminosa Comando Vermelho em Mato Grosso.
A suspeita é que Renildo tenha falsificado laudos médicos protocolados em um habeas corpus julgado pela Segunda Câmara Criminal do TJMT. Na ocasião, votaram pela concessão do habeas corpus o próprio Rui Ramos e os desembargadores Pedro Sakamoto e Luiz Ferreira da Silva.
A decisão deles, publicada na terça-feira (2), convertia a prisão preventiva em prisão domiciliar, com base no fundamento de que Renildo seria diabético e hipertenso, sendo assim, parte do grupo de risco ao novo coronavírus.
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Porém, um ofício encaminhado pelo Superintendente da Atenção Secundária da Secretaria Municipal de Saúde de Várzea Grande afirmou que os laudos médicos são falsos.
Ao reverter a decisão anterior, Rui Ramos ainda determinou que os autos sejam remetidos ao Ministério Público Estadual (MPE), para investigação.
O magistrado alegou ter decidido pela suspensão do alvará de soltura diante também das informações prestadas pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá de que Renildo Silva Rios é réu pelo crime de organização criminosa em ação penal desdobrada da Operação 10 Mandamentos, da Polícia Civil.
Além disso, seria um dos mais altos integrantes na hierarquia do Comando Vermelho em Mato Grosso e tido como autor de várias intimidações ao Sistema Penitenciário do Estado, sendo, inclusive, apontado como o autor de uma ameaça ao diretor da Cadeia Pública de Barra do Garças.