O presidente do PDT em Mato Grosso, o deputado estadual Zeca Viana, afirmou que seria melhor para o senador Wellington Fagundes (PR) desistir da pré-candidatura ao governo. Aliado do pré-candidato Mauro Mendes (DEM), Zeca avaliou que o possível adversário pode não ter força política para chegar ao segundo turno das eleições. Outro concorrente no páreo deve ser o governador Pedro Taques (PSDB), provável candidato à reeleição.
“Não acredito que Wellington Fagundes possa voltar atrás. Mas, se ele analisar friamente, será melhor para ele. Ele vai ter um desgaste, vai ter dificuldade de crescer nas pesquisas”, citou o dirigente. “Dificilmente ele tem condições de disputar o segundo turno”, afirmou.
A entrada de Mendes na disputa eleitoral, com um grupo formado por dissidentes do governo, divide a oposição. A possibilidade de perda do MDB é outro fator que pode enfraquecer a aliança de Wellington. “É possível o MDB vir conosco e ele vai ficar com uma composição mais fragilizada”, disse.
Wellington Fagundes está na metade do seu mandato de oito anos como senador. Dessa forma, se perder a eleição, continua no cargo atual até às próximas eleições gerais.
Eleição plebiscitária
Zeca Viana repetiu a tese de polarização que vem sendo defendida entre os aliados de Mauro Mendes. Muitos acreditam que uma disputa “plebiscitária”, entre o governador Pedro Taques e um único candidato contrário a ele, tornaria a eleição mais fácil para os opositores. Aliados de Mendes pregam que, se Wellington desistir da disputa e reforçar a coligação do DEM, a eleição pode ser decidida no primeiro turno.
“Não tenho dúvida que, se trabalharmos com uma composição com Wellington, ganhamos no primeiro turno, sem sombra de dúvida. E sem isso também temos chance de ganhar no primeiro turno”, aposta. “Mauro sempre foi bem aceito [no interior do Estado]. E nós temos um cabo eleitoral muito bom, que é o governador, que nos ajuda bastante”, ironizou o deputado.
Apesar da análise, Zeca disse que é contra a polarização. Ele afirmou que, para a aliança de Mendes, é melhor que haja dois candidatos na oposição, para não concentrar toda a responsabilidade sobre a candidatura dele. “Mas cada um sabe o que quer. Para nós seria bom ter três candidatos, porque divide um pouco e não carregamos o fardo sozinho. Mas claro que, se pudermos ganhar no primeiro turno, seria ótimo, porque é menos desgaste”, concluiu.