O presidente regional do PDT em Mato Grosso, deputado estadual Zeca Viana, declarou que o grupo já conta com pelo menos 13 partidos, que dificilmente apoiariam a reeleição do governador Pedro Taques (PSDB) nas eleições desse ano. Pré-candidato do partido ao governo, Otaviano Pivetta ressalta, entretanto, que a coligação será baseada em ideias e não pessoas.
As declarações foram dadas em reunião realizada na tarde desta quinta-feira (10) entre o PDT e outros 7 partidos, sendo eles PTC, PMN, PRP, Avante, PSDC, PROS, Podemos, siglas que até então estavam mais próximas de outro pré-candidato ao governo, Dilceu Rossato (PSL).
“Uma base forte é importante, mas temos que respeitar a inteligência do eleitor. Não podemos unir os multidiferentes. Temos que firmar posições com partidos, em cima de projetos, de ideias e essa é nossa proposição”, declarou Pivetta.
Esta não é a primeira vez que o pré-candidato faz ponderações sobre a aliança da oposição ao governo, já tendo deixado clara a possibilidade de ser lançada mais de uma candidatura.
O discurso, embora não tenha sido confirmada a coligação, está alinhado com o do presidente regional do DEM, deputado federal Fábio Garcia. O democratas, por sua vez, ainda trabalha por candidatura própria ao executivo estadual, tendo como principal nome o do ex-prefeito, Mauro Mendes.
E ambas as declarações vão de encontro a vontade de mais um pré-candidato a governador, o senador Wellington Fagundes (PR). Recentemente, o republicano disse querer unificar a oposição e os dissidentes da situação em torno da sua possível candidatura.
Na oportunidade, Pivetta reforçou também a vontade e o dever de servir ao Estado. “Já prestei serviços no município de Lucas do Rio Verde durante anos e sei que é possível fazer o que é preciso. Temos condições financeiras, o que precisamos é de gestão e nos colamos à disposição da sociedade para fazer do Estado um Estado servidor, prestador de bons serviços, construtor de boas obras e que melhore a vida da população. Esse é o nosso objetivo”.
Zeca Viana disse saber que toda eleição é difícil, mas que estão trabalhando para “criar musculatura”. “O governo está com máquina na mão, mas é uma máquina desgastada, sem condição de rodar. É uma caneta sem tinta, que não consegue escrever. O governador conseguiu estrangular as contas do governo a um ponto em que tudo que fizer além do previsto estará cometendo improbidade”.