Os 9 estados da Amazônia Legal devem aprovar hoje (16) uma carta, que será entregue ao governo federal, com cobranças de medidas para o mercado e a segurança da região, que concentra a maior parte de mata do país.
O documento foi elaborado nos últimos dois dias pelos secretários de segurança pública, agricultura e meio ambiente desses estados, no Fórum dos Governadores, em Cuiabá. O evento será encerrado hoje.
O esboço da carta divulgada pelo governo de Mato Grosso aponta para a criação de um sistema integrado de segurança nas fronteiras dos estados com outros países e um aprimoramento da relação com empresas de crédito de carbono.
A intenção da segurança integrada seria tanto combater crimes ambientais quanto o narcotráfico – Mato Grosso e Amazônia, por exemplo, estão nos limites do território nacional com outros países.
Já os problemas com a exploração irregular do meio ambiente, como desmatamento e garimpos ilegais, têm a ver com a relação do Brasil com a agenda de sustentabilidade.
“Estamos começando a ver a Amazônia com o olhar do coletivo, respeitando cada um as suas particularidades, o que cada um tem de melhor e promovendo isso para fora, não só dentro do Brasil”, disse a secretária de Meio Ambiente do Amapá, Taísa Mendonça.
Mato Groso e os demais estados da Amazônia Legal estão à procura no mercado de credores para bancar o chamado crédito carbono. O crédito é um dinheiro pago em milhões aos estados e países que reduzem a emissão dos gases de efeito estufa.
Os estados cobram apoio do governo federal para a colocação deles no mercado do crédito de carbono. Eles querem uma intermediação com empresas multinacionais e governos dispostos a pagar pela menor redução dos gases poluentes.