Eleições 2018

Wilson Santos diz que Silval vai investir dinheiro de corrupção em campanhas da oposição

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Wilson Santos diz que Silval vai investir dinheiro de corrupção em campanhas da oposição
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

O deputado estadual e vice-líder do governo Wilson Santos (PSDB) aposta que o ex-governador e delator Silval Barbosa (ex-MDB) investirá na campanha eleitoral deste ano, usando dinheiro desviado dos cofres públicos. O tucano, que é candidato à reeleição, é um dos principais aliados do governador Pedro Taques (PSDB), que tem afirmado que Silval tem ligação com Mauro Mendes (DEM), seu provável adversário na disputa pelo governo.

“Tenho certeza que influenciará. Claro que eles vão usar parte desses recursos roubados para ajudar alguém ou ‘alguéns’ na campanha”, disparou o deputado tucano. Questionado a quem Silval poderia ajudar, ele não citou nomes. “Não sei quem. Mas não tenho dúvida de que parte do que foi roubado no Estado será reinvestido em candidatos e partidos”, disse.

Condenado a mais de 27 anos de prisão, Silval delatou, em 2017, esquemas de corrupção em seu governo que chegam próximos à cifra de R$ 1 bilhão. Ele devolveu cerca de R$ 70 milhões ao Estado e cumpre prisão domiciliar, conforme acordo de delação premiada firmado com a Procuradoria Geral da República (PGR) e aceito pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “Então com um poder econômico desse em mãos, qualquer criminoso desse pode ainda interferir no processo eleitoral”, afirmou Wilson.

O tucano defende que a pré-candidata a senadora Selma Arruda (PSL) mude a lei da delação premiada, caso seja eleita, para que os delatores tenham punição mais rígida. Juíza aposentada, Selma deve concorrer ao Senado ao lado de Nilson Leitão (PSDB), na chapa de Taques.

“A delação tem ajudado a desvendar muitos crimes, mas os delatores estão gozando de excesso de privilégios. Não devolvem tudo que desviaram dos cofres públicos, ficam pouco tempo na cadeia e ainda zombam dos outros. E pelo que acumularam de forma desonesta, podem interferir no processo eleitoral de estados periféricos como Mato Grosso”, argumentou.

“Essa é uma das atuações que espero que a doutora Selma possa fazer na primeira semana de trabalho: corrigir a lei da delação premiada, forçando o desonesto a devolver tudo que ele amealhou de maneira criminosa e ampliando a presença dele na cadeia”, completou.

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