Política

Wellington quer aliados de Taques no seu palanque

3 minutos de leitura
Wellington quer aliados de Taques no seu palanque
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

O senador Wellington Fagundes (PR) quer formar uma aliança de coalizão para enfrentar a possível campanha de reeleição do governador Pedro Taques (PSDB) nas eleições deste ano. Pré-candidato a governador, Fagundes disse que não tem vetos a ninguém e mira, inclusive, partidos que ainda fazem parte do arco de alianças governista – entre eles o recém-independente PSD e o cada vez mais afastado DEM.

“Eu tive ontem uma reunião com o PSD. O atual vice-governador [Carlos Fávaro] já disse do seu rompimento [com o governo] e que a probabilidade de estarmos juntos é muito grande”, contou Fagundes em entrevista. “Já conversamos com o DEM, e tivemos vários diálogos com Júlio Campos, que disse que, se eles não tiverem candidato, querem apoiar a nossa candidatura. Isso nos anima a ampliar a aliança”, disse.

Na tarde desta segunda-feira (26), o senador reúne o PR para debater as eleições deste ano, no Hotel Delmond, em Cuiabá. Fagundes disse que a base já formada para sua possível coligação inclui PR, PMDB, PP, PTB e PSB. Além do DEM e do PSD, ele ainda quer, nessa mesma aliança, o PV, o PT e o PC do B.

O senador disse não ver problemas em ter essa mistura no mesmo palanque, e argumentou que não tem nenhuma restrição ideológica. “Não temos discriminação a ninguém. Nem credo, nem cor, nem sexo. Não quero me postar como dono da verdade”, disse. “Estamos abertos a todos os partidos e setores”, declarou, em outro momento.

Por diversas vezes ao longo da entrevista, ele repetiu que quer o máximo de apoio. “Quero agregar o máximo possível, somar. Não quero fazer uma candidatura do eu próprio”, disse. “Ninguém governa sozinho. Ninguém é dono da verdade. O plano de governo tem que ser um trabalho de muitas mãos”, declarou também.

Desse modo, Fagundes tem apenas uma definição para nortear a formação da aliança: ser oposição ao governo Taques. “A única posição atual nossa é que somos oposição. Nunca fizemos parte deste governo”, afirmou o senador, que se elegeu na chapa encabeçada pelo candidato Lúdio Cabral (PT).

Fagundes reclamou do fato de o governador ter recusado seu apoio, depois que foi eleito. “Na diplomação, me coloquei à disposição do governo e disse que tínhamos que trabalhar por Mato Grosso. E na sua forma exclusivista, ele disse que não precisava de senador para ir a Brasília. Um governante não pode virar as costas para os lugares de onde podem vir recursos”, criticou.

Montagem da chapa

Atualmente, o PSD trabalha com a pré-candidatura de Fávaro a senador, enquanto o DEM ventila a possibilidade de disputar o governo e o Senado, tendo Mauro Mendes e Jayme Campos como opções. “O PSD já colocou a possibilidade de ter Fávaro como candidato a senador. Teremos que conversar para encontrar o espaço ideal”, observou Fagundes.

Ele elogiou o ex-prefeito de Sinop Juarez Costa (PMDB), cotado dentro do PMDB para ser candidato a vice-governador na sua chapa. Mas afirmou que não decidirá nada sozinho. “Seria uma honra ter como companheiro de chapa alguém experiente que pode me ajudar. Juarez foi um excelente prefeito”, disse. “Muitos nomes estão surgindo e vamos discutir todos”, completou.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros




Como você se sentiu com essa matéria?
Indignado
0
Indignado
Indiferente
0
Indiferente
Feliz
0
Feliz
Surpreso
0
Surpreso
Triste
0
Triste
Inspirado
0
Inspirado

Principais Manchetes