Após resistências, o senador Wellington Fagundes (PL), candidato à reeleição, fechou sua chapa com suplência do PSB para as eleições 2022. Conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de registro de candidatura, a segunda suplência ficou com Joaquim Diógenes, ex-vereador por Nova Mutum (242 km de Cuiabá).
Até o fim de semana, Wellington Fagundes dizia ter dificuldades para negociar a vaga remanescente por causa da associação do PSB com candidatura do ex-presidente Lula (PT). A primeira suplência será ocupada por Mauro Carvalho (União Brasil), ex-chefe da Casa Civil.
O acolhimento do PSB faz parte da aliança com o governador Mauro Mendes (União Brasil) para a coligação de ambos à majoritária. O acordo entre os três partidos foi imbricado pela articulação entre as executivas nacionais.
LEIA TAMBÉM:
A médica Natasha Slhessarenko disse que a direção federal do PT interviu em Mato Grosso para dificultar a sua candidatura ao Senado e fazê-la recuar, o que levou à negociação da suplência para a permanência do PSB na base de Mauro Mendes.
Do outro lado, o PL proibiu que o partido entrasse em aliança com candidatos com vínculo com o PT. Essa exigência levou, por exemplo, ao palanque com apenas um candidato ao Senado na chapa de Mauro Mendes.
Ao fim, houve avanço da esquerda. Wellington Fagundes não aceitou o policial federal Rafael Ranalli, membro do seu próprio partido e considerado dentre aqueles que a ala bolsonarista chama de apoiador raiz de Bolsonaro.
A vaga ficou com PSB, que tem candidato a vice-presidente, o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ao lado de Lula.